Justo Spinetta (part. La Bandada de Colibríes)

Justo Spinetta (part. A Bandada de Colibríes)

Justo Spinetta (part. La Bandada de Colibríes)

A dama do retrato se chama Purita Espinoza, profissão docenteLa dama del retrato se llama Purita Espinoza, profesión docente
Faz 50 anos que combinamos de nos casarHace 50 años quedamos pa' casarno'
Na estação Lima, do metrô da Cidade de Buenos AiresEn la estación Lima, del subterráneo de la Ciudad de Buenos Aires
Você acredita que ela não veio?¿Me queré' creer que no vino?

Me conta essa históriaJunámela a esta historia
Agora que a alma tá caindoAhorita que el alma se cae
Como uma pilha de cartasComo una fila de naipes
Com um sopro traiçoeiroCon un soplo bandido

Se riem, e daí?Si se ríen, ¿qué?
Se eu choro, dane-se!Si lloro, ¡bah!
A galera passaLa gente pasa
E você nãoY vos no

Se riem, e daí?Si se ríen, ¿qué?
Se eu choro, dane-se!Si lloro, ¡bah!
A galera passaLa gente pasa
E você nãoY vos no

E a angústia faz com meus ossosY la angustia le hace a mis huesos
O que o tempo faz com minha memóriaLo que el tiempo a mi memoria
Mas eu sei que você era lindaPero yo sé que eras linda
E por trás da fachada, uma mina fielY tras cartón mina fiel

Se riem, e daí?Si se ríen, ¿qué?
Se eu choro, dane-se!Si lloro, ¡bah!
A galera passaLa gente pasa
E você nãoY vos no

Se riem, e daí?Si se ríen, ¿qué?
Se eu choro, dane-se!Si lloro, ¡bah!
A galera passaLa gente pasa
E você nãoY vos no

Me diz que nãoBatime que no
Que Homero ainda tá no barQue Homero sigue en el bar
Que esse bar não fechouQue ese bar no cerró
Que eu quero te encontrarQue la quiero encontrar

Se riem, e daí?Si se ríen, ¿qué?
Se eu choro, dane-se!Si lloro, ¡bah!
A galera passaLa gente pasa
E você nãoY vos no

(Notas de Justo Spinetta em seu percurso pelo metrô da Cidade de Buenos Aires)(Notas de Justo Spinetta en su recorrido por el subterráneo de la Ciudad de Buenos Aires)
(Em busca de sua amada Purita Espinoza)(En búsqueda de su amada Purita Espinoza)

Uma vez, encontrei o olhar de um homem chorando no espelho de uma damaUna vez, me encontré el ojo de un hombre llorando en el espejito de una dama
Que escondia a beleza de seu olhar puro em um rímel escuroQue escondía la belleza de su mirada casta en un oscuro rímel
Outra vez, o apito do guarda penetrando o pensamento de duas apaixonadasOtra vez, el silbato del guarda penetrando el pensamiento de dos enamoradas
Exilando os três beijos que iam se darExiliándoles los tres besos que iban a prodigarse
Um alfajor pela metade, uma criança vivendo a infânciaUn alfajor a medio comer, un niño comiéndose la infancia
Uma loira peituda pronta pra ser o jantar de um déspotaUna rubia pechugona preparada para ser la cena de un déspota
A panela vazia de ternura dessa cidadeLa olla vacía de ternura de esta ciudad
Toda a solidão à la carte sem sobremesaToda la soledad a la carta sin postre
Uma imitadora da Tita MereloUna imitadora de Tita Merelo
Duas enfermeiras distribuindo curativos com poemas de LorcaDos enfermeras regalando curitas con poemas de Lorca
O prêmio Nobel da Paz girando na catraca sem poder passarEl premio Nobel de la Paz girando en el molinete sin poder pasar
Luca Prodan fugindo do fantasma de Luca Prodan que inventaram pra eleLuca Prodan huyendo del fantasma de Luca Prodan que le inventaron
A você, a você eu nunca encontreiA vos, a vos nunca te encontré

Se riem, e daí?Si se ríen, ¿qué?
Se eu choro, dane-se!Si lloro, ¡bah!
A galera passaLa gente pasa
E você nãoY vos no

Se riem, e daí?Si se ríen, ¿qué?
Se eu choro, dane-se!Si lloro, ¡bah!
A galera passaLa gente pasa
E você nãoY vos no

(Volta!)(¡Volvé!)