La Loreta (part. La Bandada de Colibríes)
Escúchame, diosa
De todas divinidades
¿Qué es el amor?
El amor resulta tan indefinible como la propia poesía
Pero siempre, igual que ella
Es la más poderosa salvación, de sanada atroz
Que en tantas ocasiones nos impone el destino
El amor todo lo cura
Pero, a veces, también es todo locura
Soy la Loreta, la trava más mentada del oeste
En mis venas, corren leyendas, puercas y ardientes
Son como el tren Sarmiento
Iluminadas por el taco de las ausentes
Y la gota duende de la Noy
A veces, es un torbellino
Todo lo que siento
Y lo que siento me pega más
Que cualquier hambre
Una galleta mentirosa
Que me distrae de la farsa
Que me susurran los hombres
Y de la razzia perversa sobre mi cuerpo
Por qué
Le tienen miedo a mi deseo, sabelo
Y no saben
No saben cómo deshacerlo
Y le tienen
Ganas a mi deseo
Como vos, como vos
Como vos, osito cobarde
Soy la Loreta, la ruina de todos tus miedos
En cada gemido, vas naciendo de nuevo
Y te vas descubriendo
Pequeñito zorzal de las vías
Marioneta del horror de los demás
Andamos a los tumbos
Como un mal tango
Jugamos a las escondidas
Como crianzas
Y nos morimos de amor
Como si fuera posible morirse de amor
Por qué
Le tenés miedo a mi deseo, sabelo
Y no sabés
No sabés cómo deshacerlo
Y le tenés
Ganas a mi deseo
Como vos, como vos
Como vos, osito cobarde
A Loreta (part. A Bandada de Colibríes)
Escute-me, deusa
De todas as divindades
O que é o amor?
O amor é tão indefinível quanto a própria poesia
Mas sempre, assim como ela
É a mais poderosa salvação, de uma dor atroz
Que tantas vezes o destino nos impõe
O amor cura tudo
Mas, às vezes, também é pura loucura
Sou a Loreta, a mais falada do oeste
Nas minhas veias, correm lendas, sujas e ardentes
São como o trem Sarmiento
Iluminadas pelo brilho das ausentes
E a gota mágica da Noy
Às vezes, é um turbilhão
Tudo que sinto
E o que sinto me atinge mais
Do que qualquer fome
Um biscoito enganador
Que me distrai da farsa
Que os homens sussurram
E da pilhagem perversa sobre meu corpo
Por que
Têm medo do meu desejo, saiba
E não sabem
Não sabem como desfazê-lo
E têm
Vontade do meu desejo
Como você, como você
Como você, ursinho covarde
Sou a Loreta, a ruína de todos os seus medos
A cada gemido, você renasce
E vai se descobrindo
Pequeno tico-tico das vias
Marionete do horror dos outros
Andamos aos trancos
Como um tango ruim
Brincamos de esconde-esconde
Como crianças
E morremos de amor
Como se fosse possível morrer de amor
Por que
Você tem medo do meu desejo, saiba
E não sabe
Não sabe como desfazê-lo
E tem
Vontade do meu desejo
Como você, como você
Como você, ursinho covarde