P.L.U.C.K (Politically Lying, Unholy, Cowardly Killers)

Protesto e memória histórica em “P.L.U.C.K (Politic, Lie, Unholy, Coward, Killer)”

“P.L.U.C.K (Politic, Lie, Unholy, Coward, Killer)”, do System Of A Down, transforma a dor do genocídio armênio em um protesto direto contra os responsáveis e os que negam o massacre. O título já funciona como uma acusação, e a letra deixa claro o impacto do evento: “A whole race Genocide / Taken away all of our pride” (Um genocídio de toda uma raça / Tirou todo o nosso orgulho). A música denuncia não só a brutalidade do genocídio, mas também a negação e o apagamento cultural enfrentados pelos armênios, reforçando a crítica à recusa do governo turco e à falta de reconhecimento internacional.

A repetição de “Revolution, the only solution / The armed response of an entire nation” (Revolução, a única solução / A resposta armada de toda uma nação) sugere que, diante da injustiça e do silêncio, a mobilização coletiva é vista como o único caminho possível. Termos como “Recognition, Restoration, Reparation” (Reconhecimento, restauração, reparação) apontam para a luta dos descendentes das vítimas por justiça, uma causa que a banda apoia publicamente. O verso “The plan was mastered and called Genocide / Took all the children and then we died” (O plano foi elaborado e chamado de genocídio / Levaram todas as crianças e então morremos) destaca o caráter sistemático do massacre. Já “All in a system of Down” faz um trocadilho com o nome da banda, sugerindo que sistemas políticos corruptos perpetuam a opressão. Assim, a música se consolida como um manifesto de resistência, memória e exigência de justiça, refletindo o ativismo do System Of A Down pelo reconhecimento do genocídio armênio.