Forest

Reflexão sobre alienação e autoconhecimento em “Forest”

Em “Forest”, do System Of A Down, a metáfora da “floresta de negação” destaca a tendência humana de evitar a realidade, buscando refúgio em ilusões por medo ou influência social. O verso “walk with me until the forest turns to wine” (ande comigo até que a floresta se transforme em vinho) sugere uma transformação simbólica, remetendo à tentação e à queda presentes em narrativas bíblicas, como a de Adão e Eva. Aqui, a busca por prazer ou conforto acaba levando à transgressão e às consequências inevitáveis, reforçando a ideia de que a negação da verdade pode ser sedutora, mas traz custos.

A repetição de frases como “Why can't you see that you are my child? Why don't you know that you are my mind?” (“Por que você não vê que é meu filho? Por que não sabe que é minha mente?”) indica uma fusão de identidades, sugerindo que o eu lírico e o interlocutor compartilham consciência ou destino. Isso pode ser entendido como uma crítica à alienação causada pela sociedade e pelos meios de comunicação, que dificultam o autoconhecimento. Outros trechos, como “No televisions in the air / No circumcisions on the chair / You made the weapons for us all” (“Sem televisores no ar / Sem circuncisões na cadeira / Você fez as armas para todos nós”), ampliam a crítica social, abordando manipulação midiática, imposições culturais e responsabilidade coletiva por escolhas destrutivas. Assim, “Forest” convida à reflexão sobre romper com a negação, assumir a própria identidade e questionar verdades impostas para alcançar uma compreensão mais autêntica de si e do mundo.