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Impurezas

Tallibã

Letra

    Se pisei fofo, é areia
    Parece um deserto
    Fugi da vida alheia
    Não vejo ninguém por perto

    Manifesto um desejo, permaneço inquieto
    Por aqui vou subir do fundo do poço ao teto

    Veto o pessimismo
    Vagando por domicílios
    Há dias tenho dormido
    Mas sem encostar os cílios

    Quero ver tudo que eu consiga enxergar
    Me cansar, depois mudar
    Eu só quero ter bem mais do que eu espero, é vero

    O que é verdade
    Onde a guerra é com policia
    Os burguês come as Patrícia
    E maça trouxe a malícia

    Onde meus amigos pixa
    Não são chamados de artista
    Mesmo seu chegar no norte
    Lembrarei do bela vista

    Quem se arrisca, disseram ter mais chances
    Perdi, pedi revanche
    Preciso persistir, conseguir
    Antes que o Talles se canse
    E avance como uma avalanche
    Pra outra dimensão
    Sem viver pra pedir perdão
    Onde os sonhos não são em vão

    Ganha pão, vai virar mesmo sem fazer refrão
    Pra chamar a sua atenção
    Eu só passo informação
    De como a vida é muito confusa aqui dentro

    Talvez seja um talento
    Ou só um contra tempo
    Que desviou os planos
    Que quem mais me ama fez
    Mas com passar do tempo
    Criei meus argumentos
    Respiro, então eu tento
    A meta aumenta a cada mês

    Quem que fez tudo
    Pra que usar de escudo, os pensamentos
    De que tudo ocorre como deve ser
    A luta que luto
    Dizer que não me iludo
    Apenas seria mentir pra parecer

    Que eu não estudo, o que eu conduzo
    São as palavras, prefiro essa parada a conduzir veículos
    Essa é mais um capítulo
    Mas o único título
    Que eu quero é ter forças pra poder carregar meus versículos

    Destruindo cubículos
    Abriguem os moradores
    Precisam sair da caixa
    Pra se libertar das dores
    Incrível como as dores
    Sempre um dia voltam
    Quem já sofreu horrores
    Os dias já não importam

    As plantas cortam
    Não colem o fruto
    Querem embalagens
    Não o produto
    Ficou de luto
    Mãe natureza
    Muita tristeza
    Cadê Teresa?
    Confundem valores pensando em riqueza

    Mas querem relógios
    Como esses olhos
    Não enxergaram que notas
    Não compram tempo
    Jardim dos instrumentos
    Florescem pensamentos
    Pra iluminar o dia
    Que estava meio cinzento

    Sentimento, é alimento
    E da música sinto fome
    Vim antes do nascimento
    Pra escolher meu próprio nome

    Me transformei Tallibã, no palco com microfone
    Quem me conheceu na vida, viu que eu sou bem mais que um homem

    Separar pra perceber
    Meu pensar do fazer
    Descobrir quem sou e porque
    Me deu forças viver

    Aproximar o querer do ter
    E você do merecer
    Desvendar, que tempo é poder
    Valorizar, não vender
    E pra mim satisfazer
    Não só comida na mesa
    Tropeçamos em certezas
    Com a consciência ilesa
    Um sábio tem sua frieza
    Não morrerei com a tristeza
    Viverei pra me livrar das minhas próprias impurezas


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