Conjuro

Una noche, brotó en mi guitarra
Esta zamba qué hoy canto por vos
Y al tocarla mis manos cayadas
Sentí qué temblaban, temblaban de amor
Caprichoso ramal del destino
Qué a mi vida te quiso traer
Como el gajo de un sueño perdido
Qué en tus labios tibios yo vi florecer

¡Qué se parta en dos mi guitarra
Qué se quiebre en pedazos mi voz!
Si estos versos sentidos qué digo
No son el latido de mi corazón
Y si miento, ¡qué venga el olvido
Y lleve esta zamba, qué hoy canto por vos!

Mariposa, fugaz de la suerte
Qué al traerte me quiso alumbrar
Con un cielo de luz transparente
Tus ojos ausentes me hicieron soñar
Como dicen qué todo está escrito
Hasta el día del juicio final
Seguiré la señal del destino
Serás mi camino, mi pura verdad

Encantamento

Uma noite brotou no meu violão
Essa zamba que hoje eu canto pra você
E quando eu toco, minhas mãos caídas
Eu senti que eles tremiam, eles tremiam de amor
Ramo caprichoso do destino
O que você queria trazer para a minha vida?
Como o segmento de um sonho perdido
O que em seus lábios quentes eu vi florescer

Deixe minha guitarra quebrar em duas
Deixe minha voz quebrar em pedaços!
Se esses versos sentiram o que eu digo
Eles não são a batida do meu coração
E se eu mentir que venha o esquecimento
E toma essa zamba, hoje eu canto pra você!

Borboleta, fugaz de sorte
Quando ele trouxe você, ele queria me iluminar
Com um céu de luz transparente
Seus olhos ausentes me fizeram sonhar
Como dizem que tudo está escrito
até o dia do juízo final
Eu seguirei o sinal do destino
Você será meu caminho, minha pura verdade

Composição: Jorge Milikota