Sou Má (feat. LUDMILLA)

Empoderamento e afirmação em “Sou Má (feat. LUDMILLA)”

Em “Sou Má (feat. LUDMILLA)”, Tasha & Tracie usam a repetição de frases como “sou má” e “sou foda” para afirmar poder e autoconfiança, indo além da ostentação comum no trap. Essas declarações funcionam como um manifesto de força feminina, especialmente relevante em um gênero ainda marcado pela predominância masculina. Trechos como “dona do gueto, eu sou de raça” e “preta confiante, chamam de arrogante” conectam a letra à trajetória das artistas, que sempre destacam a valorização da cultura negra, da autoestima e das vivências periféricas em suas músicas. O videoclipe, com cenas de assalto a banco e figurinos ousados, reforça a ideia de mulheres que tomam o protagonismo e desafiam papéis tradicionais, mostrando que são donas de suas próprias histórias.

A música também aposta em duplos sentidos e metáforas provocativas, como “minha bunda é tão grande que eu quebro tua vara” e “my pussy vai matar tua fome” (minha buceta vai matar sua fome), misturando sexualidade, humor e autoconfiança para desafiar padrões e expectativas. O verso “faço carreiras só com o meu nome” brinca tanto com o sucesso profissional quanto com a gíria de “carreira” no universo do trap, abrindo espaço para múltiplas interpretações. A referência ao sample de “NICE” de Beyoncé e Jay-Z aproxima Ludmilla de influências internacionais e reforça o tom de celebração do sucesso, como em “dinheiro no meu bolso, eu sei que te incomoda, mas pode se acostumar porque essa porra virou moda”. Assim, a faixa se consolida como um hino de empoderamento, onde as artistas reafirmam sua força, independência e capacidade de redefinir padrões dentro e fora da música.