Patrono dos Violeiros

De São Paulo pra Goiás
Com destino a Jataí
Eu parei em Santa Helena
Confesso me arrependi
Com o coração chorando
Fez os meus olhos sorri
Pra poder cumprimentar
Certas pessoas ali
Eu não dei demonstração
Só sabe meu coração
A saudade que senti

Ao ver a ex-residência
De uma pessoa modesta
Patrono dos violeiros
Promotor de grandes festas
Berço amigo dos artistas
Dos cantores de serestas
Ouvi a mente dizer
Ser bão às vezes não presta
A saudade do amigo
Até hoje por castigo
No meu peito manifesta

Deus levou um grande amigo
Sua alma era pura
Mas pra mim representava
Está vendo a criatura
Repartindo com os pobres
Amor e muita fartura
E pra nós os violeiros
Seus aplausos de ternura
O seu jeito sorridente
Não apaga em minha mente
Vejo até em noite escura

Hoje lá não mora mais Paulo Lopes
De Goíás Deus levou para o além
Por ser o pai da pobreza
Está no céu com certeza
Os anjos que diga amém

Tem um pranto de saudade
Neste verso verdadeiro
Vai as nossas condolências
Dos amigos e companheiros
Adeus bom pai de família
Adeus grande hospitaleiro
Adeus coração caboclo
Adeus grande brasileiro
Seu coração era nobre
Adeus pai de muitos pobres
Patrono dos violeiros