Bigger Than The Whole Sky

Luto e possibilidades em “Bigger Than The Whole Sky” de Taylor Swift

“Bigger Than The Whole Sky”, de Taylor Swift, explora a dor de uma perda que nunca se concretizou totalmente, trazendo à tona o luto por algo que existiu apenas como possibilidade. O verso “I'm never gonna meet what could've been, would've been, what should've been you” (“Nunca vou conhecer o que poderia ter sido, teria sido, o que deveria ter sido você”) destaca o vazio deixado por alguém que não chegou a fazer parte da vida da narradora, mas cuja ausência é sentida de forma profunda e duradoura. Muitos fãs interpretam a canção como uma reflexão sobre abortos espontâneos, o que se reflete em trechos como “I've got a lot to pine about, I've got a lot to live without” (“Tenho muito pelo que lamentar, tenho muito com o que aprender a viver sem”) e na sensação de despedida de algo esperado, mas nunca realizado.

A letra traz imagens marcantes para expressar o impacto da perda, como “Salt streams out my eyes and into my ears” (“Rios de sal escorrem dos meus olhos e entram nos meus ouvidos”) e “Every single thing I touch becomes sick with sadness” (“Tudo o que eu toco fica doente de tristeza”), mostrando como o luto afeta todos os aspectos da vida. A menção ao “efeito borboleta” em “Did some bird flap its wings over in Asia?” (“Será que algum pássaro bateu as asas lá na Ásia?”) revela a busca por explicações, misturando culpa, impotência e questionamentos sobre o destino. O fato de Taylor Swift ter dedicado a música a uma fã falecida em um show no Rio de Janeiro reforça o caráter universal da canção, que acolhe diferentes tipos de luto, não apenas o gestacional, mas qualquer perda abrupta e inexplicável.