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Letra

    Oiga Tche, tô de chegada
    No lumiar da fogueira
    Peço licença, moçada
    Pra bater um pouco a poeira

    Venho de longa jornada
    De minha vida estradeira
    Ouvir de longe a acordeona
    Resmungar meio faceira

    Vou lá pra tomar um trago
    Saborear um mate amargo
    E fazer versos de primeira

    Assim se conta algum causo
    Pra não levar no brinquedo
    Tchê, conto de gauderiadas
    E até no de acho dá medo

    Tenho um cavalo tostado
    Parceiro de todo enredo
    Do meu pinho de seis cordas
    Conheço bem o segredo

    Coiceado de Minuanaço
    Velho poncho, amigaço
    Na pousada é meu sossego

    Sou nascido nesse mundo
    Bem cumpridor do destino
    Por não ter um rumo certo
    Gaudério é o teatino

    Descambei por essa terra
    Forjando minha estampa
    Rabo de saia, meu fraco
    Só não me envolvo em trampa

    Se algum bochincho me espera
    A pratiada se entrevera
    Vou peliar pelo meu pampa

    Oigalê, minuano guapo
    Sou da Terra Farroupilha
    Vou seguir nessas quebradas
    Atravessando coxilhas

    Até a volta pionada
    Pra rematar no momento
    Vou gauderiar noutro pago
    Por onde soprar o vento

    Quem sabe se alguma prenda
    Me pear ali por emenda
    Eu me arriscar num casamento

    Aí vão acabar as gauderiadas


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