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Última Tropeada

Teixeirinha Filho

Letra

    Este berrante eu guardei
    Nesta sala decorada
    Pra quando chegar visita
    Perguntar minha adorada
    De quem é este berrante
    A história vai ser contada

    O berrante é de um gaúcho
    Que lidava com boiada
    Depois que me conheceu
    Fez a última tropeada

    Quando eu ouço este berrante
    Meu corpo se arrepia
    Parece que eu vejo a boiada
    Numa madrugada fria
    Taquara do mundo novo
    Fiz a minha moradia
    São Francisco e ouro verde
    Bom Jesus e vacaria
    Deve haver rastro na estrada
    Da boiada que trazia

    De noite a tropa deitava
    Silenciava o madrinheiro
    Meu pelego era o colchão
    Serigote o travesseiro
    A minha capa gaúcha
    Me cobria o corpo inteiro
    Apontava estrela Dalva
    Eu levantava primeiro
    Repinicava o berrante
    Acordando os companheiros

    Acorda companheiro
    Vamos tomar o chimarrão
    A erva já está sevada
    E a chaleira está chiando
    Vamos levantar companheiros
    Muito cedo nós temos
    Que podar a tropa na estrada
    Porque o sol hoje vai ser quente
    E assim foi a minha vida
    Anos e anos repontando boiada
    Cortando as estradas desse chão brasileiro
    Até que numa certa ocasião

    Foi numa certa ocasião
    Eu vi na beira da estrada
    Uma serrana bonita
    Que me prendeu numa olhada
    Todo o tropeiro é valente
    Mas vê mulher vira em nada
    Deixei de lidar com gado
    Minha paixão foi mudada
    Hoje só reponto amor
    Nos olhos da minha amada


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