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Ethos

MC TH13

Letra

    Julgamento de um olhar atrasado
    Mundo de aparência e pensamentos conturbados
    E sem notar que a maioria é a minoria
    Que sofre todo dia e tem que aguentar calado
    Enquanto o governo financia toda essa baixaria
    E nos taxa de favelado
    Mas pego a caneta pra dizer que tenho orgulho de
    Ser vagabundo de quebrada e não governador safado
    Meu irmão por aqui anda meio preocupado
    Mas sempre no sangue frio
    Se respira fundo já sente o clima pesado
    Mas ardendo em revolta por tudo que já viu
    Violência, droga e crime desde cedo
    Protagonizando o ódio, seja bem-vindo ao Brasil
    Onde o povo quer o pódio
    E a ganância cega tanto que ainda ninguém viu

    Esse é o conto do vigário
    Te deram a guerra e vocês na guerra caiu
    Era o progresso que vocês queria?
    Forçando um sistema pros menor desde cedo se matar nessa correria
    E do que vale minhas poesias?
    Se eu não consigo salvar realmente quem precisa
    Eu até tento ser preciso e cantar como um
    Aviso pro meus irmãozinho parar de se matar
    E se jogar nessa guerra sangrenta
    Que ela parece trazer glórias
    Mas nem tudo é como aparenta
    Nem tudo nessa vida meu mano é só vitória

    Vamos brindar nossa mediocridade
    E o moralismo que nos aprisiona
    Vamos fingir toda felicidade
    Comemorar as falácias humanas
    Enquanto isso estamos na sombra
    Pra minha quebrada restam as sobras
    Não ando lúcido, vivo na lombra
    Fazendo cash no mic decola
    Talvez eles queiram a minha cabeça
    Sabe, eu ando na zona da degola
    Querem liberdade e fazer o que pensam
    E nos vendemos por suas esmolas
    Eu te confesso que ando tão triste
    Mas por favor, não caia nesse trote
    O cheiro do money atiça a rinite
    Eles não fazem RAP só querem holofote
    Eu não te julgo se tá por real
    Mas reconheço os que são reais
    Eles criticam o som do Rael
    Mas na verdade não são Racionais
    Se pá até hoje criticam o Brown
    Não dá moral pro som que a gente faz
    Querem que eu cante só a mesma bosta
    Não sou o mesmo de uns anos atrás!
    Eu não te peço que entenda essa fita
    E não te julgo se tu não mudou
    Conheci parceiros, vivi a vida
    Vi a face da morte e ela me abraçou
    Me chame de Nietzsche, ando niilista
    Desacreditado com o amanhã
    Vivo o agora em tom de despedida e esse caderno eu torno meu divã

    Esse é o conto do vigário
    Te deram a guerra e você na guerra caiu
    Vendo os menor se acabar com o fuzil
    Enquanto o nazifascista gerência o Brasil
    Esse é o conto do vigário
    Te deram a guerra e você na guerra caiu
    Só tendo as minhas letras para fazer resistência
    Enquanto a minha morte lenta emociona mais de mil


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