No Rancho de Madalena
Thaize Texeira
No rancho de Madalena
O silêncio que renasce é um idioma que não cala
Pra conversar co a saudade nos quatro cantos da sala
E os dias seguem ao passo, em sensível lentidão
Enchendo olhares escassos com os céus desse rincão
No rancho de Madalena
As madrugadas inteiras deixavam de ser vazias
Co a presença musiqueira de timbres e melodias
E a bondade era visita sem ter hora pra chegar
Fechar a porta por dentro, lavar a erva e ficar!
No rancho de Madalena
Mocitos juntaram tropas, de osso, pelas distâncias
Reunidas pelos rodeios d’algum potreiro da infância
E chinitas maturaram seus sonhos de primavera
Desabrochando tal flores o amanhã de cada espera!
No rancho de Madalena
Haviam ramadas largas, onde encilhavam campeiros
Em manhãs de recorrida, com lumes dos sóis primeiros
Onde cresceram piazitos
Onde viveram senhores
Onde o respeito era um pingo e, sua gente, os domadores!
No rancho de Madalena
Invernos e seus rigores tinham fogo de galpão
E conselhos eram ponchos pra’s geadas da solidão
A fé genuína das horas reunia as almas em prece
Dizendo que tudo posso naquele que fortalece!
No rancho de Madalena
Há um coração de morada, que descansa e pulsa forte
Sabedor de toda vida que existe depois da morte
E uma porteira rangendo (quando o vento lhe desperta)
Que, pra quem chega da estrada, insiste em dormir aberta!



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