Mel and Colin

Mel e Colin

Colin mantinha seringas limpas
Guardadas na maleta
Só por precaução, se precisasse de um fechamento
Estariam à mão
Mel preparava banquetes deliciosos
Montava a mesa só para os dois
Guardava sua estricnina na cozinha
Em recipientes hermeticamente fechados

O cubículo de Colin era simples
Palavras na tela do computador
No telefone, sua voz era plástica
Mais conformada do que elástica
Cianeto escondido na palma da mão (? )

Mel analisava os produtos no mercado
Com o dedo no gatilho, tenso e treinado
Escaneando com os olhos nas órbitas
Encolhidos do ciclo de lavagem
Mel e Colin viviam precariamente na corda bamba dia após dia
Mel e Colin não falavam porque suas mentes funcionavam da mesma forma
Mel e Colin não falavam porque não tinham nada a dizer
De frente um para o outro, eles
Silenciosamente prometeram que
Ambos ficariam juntos através
Do que der e vier
De frente para o mundo, eles
Se abraçavam, uma
Mão na lâmina
Anticongelante, um alfinete
Às vezes a faca cortava
Mas nunca entrava

Colin amarrava cordas e fios
E os pendurava na porta do armário
Escondendo parte de sua coleção
No banco de trás do carro
Mel roubava receitas antigas
De seus colegas alienígenas (?)
Guardadas atrás do espelho (? )
Prontas para curar tudo
Mel e Colin viviam precariamente na corda bamba dia após dia
Mel e Colin não falavam porque suas mentes funcionavam da mesma forma
Mel e Colin não falavam porque não tinham nada a dizer
De frente um para o outro, eles
Silenciosamente prometeram que
Ambos ficariam juntos através
Do que der e vier
De frente para o mundo, eles
Se abraçavam, uma
Mão na lâmina
Anticongelante, um alfinete
Às vezes a faca cortava
Mas nunca entrava