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A Kinder Eye

The Androids

Letra

A Kinder Eye

In his widowed years of longing, in his windowed room of light
he lay the oil upon the canvas, brought sweet memory to life
his speckled beard a brush of colour, his spotted hands both
grace and speed
I was the boy who came with evening, to sweep his floors and
bring his tea

To the world he was the Master, his landscapes filled the
gallery halls
but now he painted only portraits, unframed upon his private
walls
subjects sitting-walking-laughing in playful flight or soft
refrain
a thousand forms and colours, but every face the same

Across the page (across the ages) the moving hand of history
bleeds
... for a kinder eye to see us, not as we are, but as we dream

A winter's night when I arrived there, he looked so tired and
near the end
and as I cleaned his bench and brushes, I wished out loud to be
like him
he said that art was only longing, trying to do what can't be
done
and though he'd signed a thousand paintings, still he'd never
finished one

As I finished up my sweeping, in his sleep he spoke her name
I looked again at all the portraits, each and every face the
same
not as she was in pain or sorrow, but in timeless beauty seen
as she served his noble dream

Across the page (across the ages) the moving hand of history
bleeds
... for a kinder eye to see us, not as we are, but as we dream

Um Olhar Mais Gentil

Em seus anos de viúvo e saudade, em seu quarto iluminado
ele passava óleo na tela, trazia a doce memória à vida
sua barba manchada uma pincelada de cor, suas mãos manchadas tanto
graça quanto agilidade
Eu era o garoto que chegava ao entardecer, para varrer seu chão e
trazer seu chá

Para o mundo ele era o Mestre, suas paisagens preenchiam as
salas da galeria
mas agora ele pintava apenas retratos, sem moldura em suas
paredes privadas
sujeitos sentados-andando-rindo em um voo brincalhão ou suave
refrão
a mil formas e cores, mas cada rosto era o mesmo

Pela página (através das eras) a mão em movimento da história
sangra
... por um olhar mais gentil que nos veja, não como somos, mas como sonhamos

Em uma noite de inverno quando cheguei lá, ele parecia tão cansado e
perto do fim
e enquanto eu limpava seu banco e pincéis, eu desejei em voz alta ser
como ele
ele disse que a arte era apenas saudade, tentando fazer o que não pode ser
feito
e embora tivesse assinado mil pinturas, ainda nunca havia
terminado uma

Enquanto eu terminava de varrer, em seu sono ele falou o nome dela
Olhei novamente para todos os retratos, cada rosto era o mesmo
não como ela estava em dor ou tristeza, mas em beleza atemporal vista
enquanto ela servia seu nobre sonho

Pela página (através das eras) a mão em movimento da história
sangra
... por um olhar mais gentil que nos veja, não como somos, mas como sonhamos




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