The Actor

O Ator

O ator sai do palco com uma rosa na mão
Se acomoda no banco de trás, seus pensamentos são como areia fina
Dirigido pelas ruas molhadas de chuva, lançando um olhar melancólico
Sobre dois amores enfeitiçados se beijando sem se importar

Os sonhos de um ator escorrem lentamente
Como os pensamentos de um sonhador ou o lançamento de um dado
Conversando com caras alegres sobre as tolices em que se empoleiram
Ele viu uma linda dama sob os arcos de uma igreja

Cigarros no ar sem vento dos anos vinte
Uma propriedade bem cheia de poeira
À noite lendo Swinburne
Comendo vorazmente com uma falsa luxúria
Mas um beijo foi o que encontramos
Em um chão úmido, mas amigável

A dama não usava maquiagem, mas se erguia como um cisne
Corpo esguio de uma dançarina, seu vestido estava discretamente rasgado
Seus olhos buscavam seu coração distante que pairava no ar
Mas seus amigos capturaram seu olhar de ferro e o levaram embora novamente

Coração partido nos anos vinte sem amor
Onde um piscar era como um abraço
Fazendo amor em sextas-feiras azuis
De um espaço nebuloso
Mas um beijo foi o que encontramos
Em um chão úmido, mas amigável

O chá era como um espelho, um reflexo que nunca estava lá
Seus pensamentos sobre aquele anel de amor que ardia em seu olhar
Seus olhos, seus lábios, seu queixo, sua graça, a chuva em seu cabelo
Assim, agarrou seu coração de luva branca, pode alguém ser tão bela?

Desatados nos ventosos anos vinte
Com uma mão segurada em meus braços
Oferecendo meu coração às sagradas torres
Desta terra antiga e tranquila
Pois um beijo foi o que encontramos
Em um chão úmido, mas amigável