La jalouse
Je suis un gâs de Saint-Malo
Et vous, fille de Cornouailles,
Avec le pauvre matelot
Vous désirez les accordailles.
M'aimer serait du temps perdu
Chassez-moi de votre pensée.
L'amour, hélas ! m'est défendu
Car la mer est ma fiancée !
Lorsque j'étais petit garçon
Et que je dormais sur la grève
La mer chantait à sa façon,
Afin de mieux bercer mon rêve
Ne tenons plus de doux propos
Comme nous faisions tout à l'heure.
Ma fiancée a le cœur gros,
Entendez-vous comme elle pleure ?
En vrai Breton, j'ai pour la mer
Un amour sauvage et farouche,
J'ai soif de son baiser amer
Qui parfume et meurtrit ma bouche
Rendez-moi vite mes genêts,
Reprenez votre boucle blonde
Ma fiancée est aux aguets,
Entendez-vous comme elle gronde ?
Quand on lui fait quelque chagrin
La mer se venge de l'infâme.
C'est pourquoi le pauvre marin
Ne devrait jamais prendre femme.
Adieu ! Puisqu'il en est ainsi,
Vous ne serez pas mon épouse.
Mais ne rodez pas par ici
Car ma fiancée est jalouse.
A Ciumenta
Sou um cara de Saint-Malo
E você, garota da Cornualha,
Com o pobre marinheiro
Você deseja os noivados.
Me amar seria tempo perdido
Afaste-me do seu pensamento.
O amor, infelizmente, é proibido pra mim
Pois o mar é minha noiva!
Quando eu era um garotinho
E dormia na areia
O mar cantava do seu jeito,
Pra embalar melhor meu sonho.
Não vamos mais ter doces conversas
Como fazíamos há pouco.
Minha noiva está com o coração pesado,
Você ouve como ela chora?
Como um verdadeiro bretão, eu amo o mar
Com um amor selvagem e feroz,
Estou sedento do seu beijo amargo
Que perfuma e fere minha boca.
Devolva-me logo meus giesta,
Leve de volta seu cabelo loiro.
Minha noiva está atenta,
Você ouve como ela ruge?
Quando lhe causam alguma dor
O mar se vinga do infame.
É por isso que o pobre marinheiro
Nunca deveria se casar.
Adeus! Já que é assim,
Você não será minha esposa.
Mas não fique rondando por aqui
Pois minha noiva é ciumenta.