Aquis Submersus

Águas Submersas

Em cascatas congeladas de eras derretidas
pelas nuvens servidas eu dancei uma vez
em comunhão com as lágrimas, agora fico
e a seda da cegueira serpentina trai
No sono celeste que me enforcou
eu chorei o mar carmesim profano

Mas rios ainda fluem dentro de lágrimas sangrentas
uma vez eu chorei por muitos anos
Teu lábio, eu coloco minha mão fria sobre ti
Teu oceano carmesim ainda sangra em mim

Serenatas esculpem em veias abertas
como o céu chorou em desejos de primavera
O orvalho de pólen das flores caiu
como lágrimas que desaguaram na minha coroa de sepultamento
Acariciado por ventos de mármore, mas nenhum
para partir o canto que havia começado

Através de águas carmesins eu dancei
uma vez enquanto o orvalho celeste passava romance
Em lágrimas espirais, medos escarlates aprisionados
dentro da dor manchada de sangue, apenas memórias queimam