An Intimate Conversation

Uma Conversa Íntima

Kristin: havia uma garota chamada Pike.
Pike era diferente das outras crianças em alguns aspectos.
Ela tinha dentes amarelos enormes que se projetavam do rosto,
Particularmente quando estava brava e enrugava os lábios.
Sua comida favorita era mingau, pegajoso e grudento.
Na verdade, era a única comida que comia.
A mãe de Pike tentava dar a ela pop-tarts e palitos de peixe,
Mas Pike calmamente removia a comida ofensiva e preparava
Um prato de mingau que ela prendia na cabeça
Com fita adesiva, e então andava pela casa
Enquanto comia, mastigando de forma descontrolada.
O jeito de se vestir de Pike era esquisito.
Ela se recusava a usar qualquer tipo de sapato,
Apenas umas plataformas velhas e surradas
Que encontrou no lixo.
Você não conseguia perceber que eram velhas e surradas,
Pois ela as cobriu com papel alumínio.
David: por essas razões, Pike foi isolada na escola.
As outras crianças a provocavam,
Chamavam-na de "Mary" e outros nomes,
Puxavam seu cabelo e coisas assim.
Era difícil para elas aceitá-la no
Grupo de colegas, dadas suas idiossincrasias.
Pike era diferente.
Frequentemente, sua mãe tinha pequenos ataques,
Quando não aguentava mais a estranheza de Pike,
Gritando sobre "o que ela tinha feito de errado,"
E "como poderia ter criado sua filha estranha de outra forma,"
E "por que sua filha estranha fazia isso com ela."
Esses ataques não afetavam a garota, no entanto,
Pike apenas colocava uma mão ao lado de cada olho e olhava em frente,
Às vezes dando um chute rápido na canela da mãe.
Kristin: até o cachorro da família, Mike,
Parecia estar contra ela.
Ele estava sempre mordiscando seus pés
E a perseguindo para quartos onde ela não queria estar.
Mas a gota d'água foi na manhã em que acordou com um par de
Tênis de aeróbica ao lado da cama.
Acostumada a essas pequenas intrusões,
Ela pulou por cima deles e foi pegar suas plataformas surradas.
Elas tinham sumido.
Pelo menos não estavam onde ela as deixou.
Ela chamou sua mãe e perguntou onde estavam,
Mas não houve resposta, e não havia plataformas surradas
Em lugar nenhum do apartamento, apenas um monte de vidro quebrado
Na frente da janela da sala estilhaçada.
E lá na calçada, quatro andares abaixo,
Estavam seus tênis de papel alumínio em um monte esfarrapado.
David: enquanto ela varria os fragmentos de vidro,
Pike decidiu ir embora.
Essa não foi uma decisão difícil,
Dado que Mike estava mordendo seus calcanhares e latindo muito alto.
Ela pulou sobre o vira-lata e teve tempo suficiente para pegar algumas
Provisões e um pouco de fita, antes que Mike atacasse.
Pike correu descalça para o elevador, ofegante.
Foi bom ir embora.
Ela odiava o apartamento e aquele cachorro idiota.
Na verdade, ela odiava a cidade inteira.
Mas amava seus sapatos,
E até seus dentes amarelos que se projetavam,
Não importava o quão impopulares fossem na escola.
Pike andou descalça para a rua,
Descalça pela calçada,
Pegou suas plataformas amassadas e brilhantes
E continuou descalça pela estrada.
Kristin: enquanto os sons da cidade diminuíam,
Ela descobriu um mundo totalmente novo,
Muita grama e espaço para os sons dos pássaros.
Os carros não passavam tão rápido,
E as crianças brincavam felizes.
Elas não pareciam estar cheias de pop-tarts e palitos de peixe.
Ela caminhou e logo chegou a um riacho.
Ela caminhou pelo riacho,
Contra a corrente, suas plataformas balançando no ombro.
À medida que a noite caía,
Os sons da natureza a envolviam.
Ela avistou aquilo que estava procurando:
Um grande quadrado totalmente coberto de grama.
Então ela soube o que tinha nascido para fazer.
Calmamente, ela saiu do riacho e
Colocou os sapatos e caminhou em direção a ele.
Ela despejou um pouco de aveia direto do pacote, na
Tigela e se prendeu a ela com fita.
Devagar, ela caminhou até o meio do campo,
Olhou para as estrelas e mastigou de forma descontrolada.

Qual é o seu tipo sanguíneo?
David: não sei. nunca fui-- não acho que já fui--
Kristin: são só alguns. você poderia apenas dizer um.
David: o