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Letra

    De madrugada
    Canta o galo no terreiro
    Eu acordo bem ligeiro
    E me levanto pra espiar

    Pego a enxada
    Lavro a terra o dia inteiro
    Sou caboclo, sou roceiro
    Vocês podem acreditar

    Trago nas mãos
    Alguns calos dessa luta
    De lavrar a terra bruta
    E ela quase me matou

    Com minha enxada
    A cuidei e pus semente
    Mas da safra infelizmente
    Só migalhas me restou

    Do seu sertão
    Todos têm muita saudade
    Mas na verdade
    Da enxada ninguém sente

    Se eu precisar
    Outra vez puxar a enxada
    Eu não volto nem por nada
    Me perdoe minha gente

    Sei que essa coisa
    De algum modo está errada
    Sou eu quem puxo a enxada
    E labuto pra plantar

    Mas quando colho
    Vão se os grãos e fica a palha
    Fico só com minha tralha
    Não sei a quem reclamar

    E vem a chuva
    Vem o frio e a geada
    Pego trouxa e filharada
    E vou pra cidade morar

    Num bairro pobre
    Faço bico o mês inteiro
    Eu cansei de ser roceiro
    E de pançudo sustentar

    Do seu sertão
    Todos têm muita saudade
    Mas na verdade
    Da enxada ninguém sente

    Se eu precisar
    Outra vez puxar a enxada
    Eu não volto nem por nada
    Me perdoe minha gente


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