Sinal Dos Tempos

A riqueza incalculável
Que um homem possuía
Além de uma linda esposa
E completa mordomia
Tinha como aventureiro
As mulheres que queria
Mas pelo seu egoísmo
Quase foi parar no abismo
Com toda a soberania

Num desses motéis de luxo
O ricaço prepotente
Certo dia ali chegou
No seu carro e sorridente
Logo que foi atendido
Foi dizendo calmamente
Quero a mais bela mulher
Pago quanto ela quiser
Pra hospedar nesse ambiente

E na hora combinada
O grande conquistador
Foi entrando no motel
Quase morrendo de amor
E o gerente foi falando
Já está ao seu dispor
No apartamento a dama
Graciosa sobre a cama
Espera pelo senhor

A terrível coincidência
Preparou-lhe uma cilada
E foi correndo ao encontro
Da tal dama desejada
Pra ver o seu lindo rosto
Tirou a colcha rendada
Era sua própria esposa
No papel da mariposa
Para ele reservada

Com essa dupla traição
Cada um seguiu seu lado
O flagrante adultério
Pelos dois foi constatado
É possível que o divórcio
Deixe tudo no passado
Isso é o sinal dos tempos
E ficando neste exemplo
Mais um lar desmoronado