Vida de Peão
Tião Reis
Lá bem distante, numa estrada carreira
Num rincão mato-grossense, vi uma nuvem de poeira
Era uma comitiva, com a boiada chegando
Quando ouvi o berrante, meus olhos foi marejando
Me aproximando, avistei o cozinheiro
As mulas com as bruacas, com as traias vinha primeiro
Depois veio a comitiva, com o toque do ponteiro
O barulho do cincerro, e os gritos dos boiadeiros
O sinuelo, que guiava a boiada
O afiador com a pinhola, não deixa boi de arribada
O culatreiro é importante, nessa lida de peão
Ele vem por derradeiro, comendo a poeira do chão
E na pousada, hora da queima do alho
Tinha roda de viola, e um joguinho de baralho
Depois de um arroz tropeiro, carne paçoca e feijão
Era quando descansava, dessa vida de peão
Vem chegando a alvorada tocou berrante o ponteiro
O sinuelo levanta alertando os boiadeiros
Como em forma de onda, boiada foi levantando
Nessa hora arrepiei
Para sempre lembrarei, da comitiva viajando



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