A Balada de Tim Bernardes

Reflexões sobre amadurecimento em “A Balada de Tim Bernardes”

Em “A Balada de Tim Bernardes”, Tim Bernardes aborda a passagem do tempo e a transição da infância para a vida adulta com leveza e bom humor. No trecho “Quanto mais o tempo passa / Mais eu acho graça nessa enganação / Chamada virar adulto”, ele mostra que o amadurecimento não é uma ruptura, mas um processo contínuo, sem fronteiras claras entre passado e presente. O videoclipe reforça essa ideia ao misturar imagens da infância e da vida atual, ilustrando como a criatividade e a música permanecem ao longo da trajetória do artista.

A relação com a avó, citada logo no início, serve como ponto de partida para reflexões sobre memória, legado e transformação: “Pois dos assuntos sobre bruxaria / A minha avó Daria é quem sabia mais / Dos mistérios do planeta / E o dom da natureza de se transformar”. A avó representa tanto a sabedoria ancestral quanto a capacidade de mudança, inspirando Bernardes a buscar autenticidade e realização pessoal. O refrão “E por que não cantar e por que não cantando?” resume o tom acolhedor e despretensioso da música, refletindo a visão do artista sobre tratar a música de forma cotidiana e direta.

Ao longo da canção, Bernardes também brinca com situações cotidianas e vulnerabilidades, como a hipocondria e o desejo de resolver tudo para alcançar paz. Isso aproxima o ouvinte, mostrando que crescer envolve aceitar imperfeições e manter viva a capacidade de sonhar: “Eu vou sonhar, eu vou sonhar mais uma vez / Porque se o sonho acabou / Não é um sonho velho que vai acabar comigo”. No final, a música celebra o equilíbrio entre fantasia e realidade, passado e presente, e reforça a importância de manter a música e o sonho como partes essenciais da vida.