Juca Bibiano
Tio Nanato
Que tempo bagual, faz três dia' que chove
Saio campo fora passear no potreiro
Juca bibiano, tu vai lá no bolicho
Me traz uma canha e pedra pro isqueiro
Dois maço' de palha e um quilo de erva
Que eu fico sovando o couro d'um tamoeiro
Se me sobrar tempo, eu soco uma canjica
Pra, logo de noite, nós comer' com puchero
Tu pega meu poncho que o teu tá furado
Eu fico entretido enquanto o tempo passa
Minha melena véia' já tá ficando moura
E o bigode velho curtido na fumaça
Saio no terreiro, bombeio pro tempo
Pra espantar a friagem, bebo uma cachaça
Esquento a chaleira e preparo um amargo
Me sento num cepo e descanso minha carcaça
Na boca da noite, o bibiano me aparece
Traz uma mulita que o cusco pegou
Tira a buchada e bota sal no casco
Comer com batata que ele aferventou
Vem contar proeza de jogo de truco
D'uma China véia' que ele se amasiou
Quando se emborracha, se atraca a contar
Sempre a mesma coisa que já me contou
Eu perco o sono escutando o vivente
Contando lorota de farra e namoro
De jogo de osso, carpeta e carreira
Costela quebrada do coice de um touro
O que lhe sobrou de tropa e de doma
A adaga de s e um cavalo mouro
Retrato de China, ele carrega na guaiaca
Das unha' dela, tem sinal no couro
Retrato de China, ele carrega na guaiaca
Que, das unha' dela, tem sinal no couro
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