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Cruel Pistoleiro

Toni e Gerre

Um moço saiu do norte
Enfrentando a dura sorte
No Mato Grosso chegou
Deixou seus pais e irmãos
No seu pedaço de chão
Nunca mais ele voltou

Transformou em pistoleiro
Matar pra ganhar dinheiro
Era a sua profissão
Sem pensar que esta vida
Era um caminho sem saída
Jamais teria perdão

Empregou com um fazendeiro
Como um cruel pistoleiro
Ficando a disposição
Era o encarregado
Cumprir com os mandado
Que ordenava seu patrão

Ali o trabalhador
Derramava o suor
Pra ganhar seu ordenado
Quando ele ia embora
O pistoleiro na hora
Matava o pobre coitado

Um dia chegou um mocinho
Pediu ali um servicinho
O fazendeiro lhe deu
Quando a conta acertou
O dinheiro que ganhou
Na hora ele recebeu

Seguiu a sua estrada
E ao chegar na encruzilhada
O bandido lhe cercou
Disparou uma rajada
E caiu na gargalhada
Quando o mocinho tombou

Tirou todo o seu dinheiro
E com gesto zombeteiro
Os documento ele leu
Jogou tudo na estrada
E saiu em disparada
Até a fazenda correu

Já quase perdendo a fala
Foi correndo até a sala
Onde estava seu patrão
Foi falando quase autivo
Por seu dinheiro maldito
Eu matei meu próprio irmão

Atirou no fazendeiro
E voltou em desespero
Na encruzilhada chegou
Deitou ao lado do irmão
Atirou no coração
E com voz rouca falou

Me perdoa meu maninho
Já vejo a morte pertinho
Ao teu lado eu morrerei
Sei que Deus é muito bom
Mas não mereço perdão
Por tudo que pratiquei

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