Ponto Cego

Saí bati a porta
E aquele som peculiar
Me fez chorar e lamentar
Por que tem que acabar assim?

Passando o desespero
Me peguei lembrando de um tempo
Em que Sol brilhava mais
E você era a flor mais bela em meu jardim

Mudo, muda
Eu mudei você mudou
E o que servia não serve mais
Como sapato no pé de uma criança que cresceu
E todos os planos

Já não importam mais
A vida segue
Já não adianta lamentar e lamentar e lamentar
Só resta aprender
E aceitar
Que o erro também foi seu

Viver nem sempre é fácil
Todos os ângulos que deveríamos olhar
Nem sempre está no nosso campo de visão
Tem sempre um ponto cego
Que a emoção não deixa ver
Com a clareza que necessita a ocasião
Nada é tão simples
A dor ensina, mas as sequelas deixadas
Nem sempre é possível suportar
De vez em quando eu choro
De vez em quando eu rio

Com a alma calejada seguimos em frente
Já não adianta lamentar e lamentar e lamentar
Só resta aprender
E aceitar
Que o erro também foi meu