Fallujah

Todos esses gritos de terror
Ecoando na escuridão
Não há como se esconder
Do julgamento que veio do céu

Vejo minha vida em pedaços
E o meu anjo implorando perdão
Vivendo a beira do retrocesso
Sentindo o ódio que paira em mim

Não, não adianta mais
Só vejo cacos no chão depois do bombardeio
Bombardeio

Eu vi tudo explodir diante dos olhos
Como uma criança
Eu vi tudo implodir diante dos olhos
Como uma criança

Não, não adianta mais
Só vejo cacos no chão depois do bombardeio
Bombardeio

Dizem que é nossa natureza
Eterna insatisfação humana!
A Indústria da guerra
É a que gera mais lucro, diretriz insana

Somos marionetes da elite
Fingindo não ter nada de errado
Senhoras e senhores é um teatro
Um inferno encenado!

Sociedades secretas sem diplomacia
Multinacionais, era de aquário
ONU fechando com a CIA
Nada além de números
Dados sem valor nenhum

A política manipula a mídia
Guantánamo, área 51
Pagamos com trabalho e sangue
Religião, o ópio do povo

A fé move montanhas
Por ela teremos guerra de novo
A felicidade é um sonho
Que se vê na TV pelo olho do grande irmão

A massa de manobra engole a seco tudo
Que lhe é oferecido sem visão
Rio de Janeiro é pique Fallujah. Pesadão!
Nova ordem mundial, teoria da conspiração
Epidemias e terror

Se a reforma não vier de dentro
Do lado de fora não se dissipará o horror
Chegou a era da dor!

Guerra civil na favela

Aonde já se viu, playboy
Não é igual cê viu na novela
O estado tá em estado de choque
É o caveirão do BOPE

É o protesto dos grã-finos batendo panela
Nego eu vi isso a vida toda
Aqui todo dia é ditadura igual 64
Querem que você se foda

Queima a porra toda
Aqui a esperança morre antes
Que a upa te socorra!
Ah! Rio é Iraque, faixa de Gaza
Ah! Onde tá Deus pra vingar minha raça?

Nós tá sem escola sem saúde
E educação então não vem
Falar de escolha pra já
Nasceu com um não na cara
Bandidos de terno e gravata

Paz barata e guerra cara
O foda é que a vida não vale nada
Tudo que o mundo oferece aos moleque é merda
E a ganância, é o preço da guerra
A vida errada aqui parece certa

Insanidade criada em mim
Pela sombra desse rancor
Dorme bem antes que você morra
Não sabemos do amanhã