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Autografando Indignação

Tula Black

Letra

    Creio na esperança, escondida na caixa de pandora
    Creio na luta, na batalha, na vida que chora
    Sou gladiador nato, sobrevivente apto
    Passando pela terra. pelas garras dos larápios
    Atropelando os dias, as cinzas das horas
    Vou buscando o meu destino, construindo minha história
    Crueldade em massa é o que tem no meu terreiro
    O povo segue em frente com fé no santo guerreiro
    Vivendo sem sucesso, espremido pelos cantos
    Testemunha do universo e seu vazio desencanto
    Minha gente levanta balança essa poeira
    Vamos colher o ouro que tem nossa bandeira
    Os acordos são fechados, ninguém me aperta a mão
    Cadê nosso pedaço, quem roubou nossa porção
    Aí, moleque, se lembra dos sonhos de seus pais
    Isso já virou lenda, terra, pão e paz
    E aí está você, mais uma cria do sistema
    Enquanto ele te prouver, fica esquecido nosso lema
    O cansaço do caminho foi vencendo os seus pés
    Abandonou seu ninho, não sabe mais quem és
    E a comunidade que um dia te apoiou
    Virou vítima da fera que o sistema te tornou
    Olhe para traz, quantos passos tortos
    Assim como os seus muitos sonhos foram mortos
    Refrão: Vamos seguir em frente batalhando pela paz
    Poeta da favela não quer sangue nos jornais
    Seca os olhos, tateia o caminho, toma a direção
    Esse é o Tula Black autografando indignação
    Conseqüências surgidas do seu jogo capital
    Você que faz o sistema não passa de mortal
    Quero ver quem valoriza o suor, de nossas mãos
    Somos nobres, pobres, mas fazemos a nação
    Com orgulho, garra um pouco de ironia
    Enquanto o sistema mata, vou plantando alegria
    Quando nossa vez chegar, quero ver sua arrogância
    Se não chegar pra mim eu deixo de herança
    Quero um filho firme e forte, lutando do lado certo
    Com a cabeça aberta um moleque bom e esperto
    Que lute pela paz contra o mal que nos oprime
    É o recado que deixo ao jovem que está no crime
    Não perca o seu direito, não entre nessa dança
    Eles já são gaiatos querem tirar nossa esperança
    Levanta povo, levanta jovem, levanta nação
    Não vamos perder a fé na terra, na paz e no irmão

    Vamos pensar na paz que essa gente merece
    Uns morrem outros nascem, mas o lema não se esquece
    Direito de viver nesse caos mundial
    Criar os nossos filhos sem medo do lobo mal
    Colhemos fruto podre do jardim envenenado
    E o azedo dos meus lábios é verbos rimados
    A mentira anuncia um futuro duvidoso
    A gente finge que crê num mundo maravilhoso
    Vivendo de ilusão, abocanhando a migalha
    Remendando o colchão, costurando nossas falhas
    Vamos ressuscitar nossos guerreiros sem glória
    Por a boca no trombone pra concertar a história
    Quero um futuro limpo, sem vítima da ambição
    Chega de obscuridade de calo na minha mão
    Chega de miséria, de guerra e de pobreza
    Tudo fruto podre dessa maldita riqueza


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