Estudante de Viseu

Ouvi cantar
Uma canção
Pelas ruas de viseu
A formosa tunadão

O seu destino
É alegrar
E cantar pelas ruelas
Serenatas ao luar

O estudante de viseu
Tem na alma um beirão
P'ra onde quer que ele vá
Leva sempre um garrafão
O estudante de viseu
Pode ser quem tu quiseres
Gosta muito de beber
E também

Perdi a minha capa
Não sei da batina
Nem sequer do laço
Chapéu foi emprestado
A uma donzela
E agora o que faço
Tenho dois copos de vinho
Bem altos, bem cheios
Para beber
Mas que triste figura
Ando meio perdido e o sol a nascer
Mas que triste figura
Ando meio perdido e o sol a nascer

Caminho pelas ruelas
E vejos as donzelas, ando envergonhado
Ai mas que fraca aparência
Com pouca postura e embriagado
Só quero chegar a casa
Curar a ressaca, deitar-me e dormir
Para acordar fresquinho
De cara lavada e voltar a beber
Para acordar fresquinho
De cara lavada e voltar a beber

O estudante de viseu
Tem na alma um beirão
P'ra onde quer que ele vá
Leva sempre um garrafão
O estudante de viseu
Pode ser quem tu quiseres
Gosta muito de beber
E também dessas mulheres

O estudante vai trajado
Vai de capa bem traçada
Vai cantar a serenata
À porta da sua amada

Numa noite muita fria
Numa noite muito calma
Espera que a sua amada
Lhe venha aquecer a alma

O estudante de viseu
Tem na alma um beirão
P'ra onde quer que ele vá
Leva sempre um garrafão
O estudante de viseu
Pode ser quem tu quiseres
Gosta muito de beber
E também, e também e também
Dessas mulheres, mulheres, mulheres!