395px

Sessenta Anos (Uma homenagem a LuŠtěLa)

Umbrtka

Šedesátiny (A tribute to LuŠtěLa)

Občas večer dumám smutně o dobách
Kdy do mě ťal metal v pravých podobách
Ucho bylo řízných riffů nádoba
Dnes mne sotva poďobá

Tuším, že je za tím démon stárnutí
Jenž si změnu kursu vkusu vynutí
Už to medle stěží někdo otočí
Vtom přichází výročí

Šedesátiny - mocipána Umbrtky
Oslavíme v továrně
V duchu důlní slavnosti
Šedesátiny - v noci září rypadla
Páni práce klopí zrak
Metou lidi pod buchar
Šedesátiny - jaderného průmyslu
Strojírenské podniky
Prachmatické výstavby
Šedesátiny - nábor nových kapacit
Úcty k pánu expanze
Černé hmoty v koksovně

Bloudi soudí, že jsou v tichu svobodní
Ticho klecí je však pouhou zdobnou lží
Drží nás a tráví hladké dlaně dní
Popel mizí v osení

Pán otvírá branku továrny a z ní
Ostře znějí hlučné skvosty hudební
Vrací se mi víra v metal - jedu drén
Zde je prostor pro refrén

Vyvlekl mne Ivo z mého mlhava
Kormidelník bárku bokem strhává
Znovu mne mne ruka Páně šedavá
Volá kovů dálava

Daroval nám šumné ulice a um
Líce Umbrtky jsou věčné lyceum
Věrní nechť, i ironičtí huróni
Vděčnou slzu uroní

Sessenta Anos (Uma homenagem a LuŠtěLa)

Às vezes à noite eu fico pensando triste sobre os tempos
Quando o metal me atingia em sua verdadeira forma
Meu ouvido era um recipiente de riffs cortantes
Hoje mal consigo me lembrar

Suspeito que por trás disso está o demônio do envelhecimento
Que força a mudança de gosto
Já tá difícil alguém reverter isso
Então chega a celebração

Sessenta anos - do poderoso Umbrtka
Vamos comemorar na fábrica
No espírito de uma festa de mina
Sessenta anos - à noite as escavadeiras brilham
Os senhores do trabalho desviam o olhar
Metem medo nas pessoas com o martelo
Sessenta anos - da indústria nuclear
Empresas de engenharia
Construções pragmáticas
Sessenta anos - recrutando novas capacidades
Respeito ao senhor da expansão
Matéria negra na carbonização

Os perdidos acham que estão livres no silêncio
Mas o silêncio da jaula é apenas uma bela mentira
Nos segura e envenena as suaves palmas dos dias
A cinza desaparece na colheita

O senhor abre o portão da fábrica e dele
Ressoam os barulhentos tesouros da música
Minha fé no metal retorna - é um dreno
Aqui está espaço para o refrão

Ivo me puxou da minha névoa
O timoneiro arrasta a barca para o lado
Novamente a mão cinza do Senhor me puxa
Chamando os metais da distância

Ele nos deu ruas vibrantes e arte
As bochechas de Umbrtka são um liceu eterno
Deixe os fiéis, até os irônicos hurónios
Uma lágrima de gratidão escorre.

Composição: Morbivod / Well