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Favelagem

Valdir Lopes

Letra

    Favelagem

    Sou fim de terra
    "sarto" na beira da linha
    Fardado, não sou fascista,
    crio cá "minhas galinha"

    Sou filho moço,
    tomo cá "minhas cachacinha"
    pra esquecer, sou brasileiro
    e tenho orgulho da farinha

    E por eu ter nascido nessa terra,
    ter sido achado lá no mato à toa
    Fico pensando nessa vida boa
    daquele moço lá da Prefeitura

    Mandou o trator nas minhas "quatro parede" ,
    "chorou Zefina, Pedro e Marizete"
    Sorte do moço fui extrair "uns dente",
    senão eu dava cabo no tenente

    Dependurado num galho fraco,
    subnutrido, abandonado
    Quero gritar, mas sou tapado,
    e vejam só o meu pecado
    É ser João, é ser João, Só ser João
    É ser João das "noite de lua",
    do samba de roda, no canto da vida

    Ah, nauê nauê...
    Agora hoje estou aqui
    em "sete chave" ,"sete queda"
    na barriga da esperança de um lugar

    Doutor Genaro, moço forte e bem vestido
    me dá seu terno e gravata
    quero não ser proibido
    Proibido, proibido. Nanauê nauêê!


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