Syng vind i skog
Syng vind i skog ei visa varm
om alle vandringsmenn på jord.
Djervt va vårt mot den første ferd
og vin og sang fløyt der me fòr.
På ryggen bar me ulik bør
Me sang i nord, me lo i sør.
Ein skar med kniv, ein hogg med sverd.
Ein skøyt med ord.
Syng vind i skog ei visa kvass.
Vidt fòr me om med sultne sinn.
Men veien bar som oftast vill,
og alt va skrift i sand og vind.
Den sæd me ødsla falt på grus
og nærte sjelden armods hus.
Mot kvelden satt me rundt vår ild
med bleike kinn.
Syng vind i skog ei visa mild.
Gress lukke seg om våre fàr.
Ei kjølvannsstripa over hav
glei bort som gåter uten svar.
Syng vind, stryk ut vår skrift i sand.
Du e jo sjøl en vandringsmann.
Men takk for turen, du som gav,
og du som tar.
Cante, vento na floresta
Cante, vento na floresta, uma canção quente
sobre todos os caminhantes na terra.
Corajosos éramos na primeira jornada
e vinho e canções soavam por onde passávamos.
Nas costas carregávamos fardos diferentes
Cantamos no norte, rimos no sul.
Um golpe com a faca, um corte com a espada.
Uma flechada com palavras.
Cante, vento na floresta, uma canção afiada.
Viajamos longe com mentes famintas.
Mas o caminho muitas vezes se perdia,
e tudo era escrito na areia e no vento.
A semente que desperdiçamos caiu no chão
e raramente alimentou a casa da pobreza.
À noite, nos sentamos ao redor do nosso fogo
com rostos pálidos.
Cante, vento na floresta, uma canção suave.
A grama se fechava sobre nossas ovelhas.
Uma faixa de água sobre o mar
deslizava como enigmas sem resposta.
Cante, vento, apague nossa escrita na areia.
Você é, afinal, um caminhante também.
Mas obrigado pela jornada, você que deu,
e você que leva.