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Corpo

Varney

Letra

    Verso
    Sangra a sede que eu herdei
    Sabe a mentira que eu contei
    Cede ao sono que eu já sei

    O corpo
    Fantasma de meu próprio eu
    Tempestade de quem se perdeu
    Um sonho só do que é meu

    Deixe-me voltar
    Há uma mira em cada olhar
    Deixe-me cortar
    Há um sonho em cada mar

    Sexo
    Lábios tornam-se só pó
    Em gotas de uma chuva só
    Passado e presente a sós

    Deixe-me voltar
    Há uma mira em cada olhar
    Deixe-me cortar
    Há um sonho em cada mar

    Deixe-me sangrar
    Sou de pedra, sou sem lar
    Deixe-me sonhar
    Sou sua perda, seu lembrar

    Mas o Dono da Tabacaria chegou à porta e ficou à porta
    Olho-o com o deconforto da cabeça mal voltada
    E com o desconforto da alma mal-entendendo
    Ele morrerá e eu morrerei
    Ele deixará a tabuleta, eu deixarei os versos
    A certa altura morrerá a tabuleta também
    Os versos também
    Depois de certa altura morrerá a rua onde esteve a tabuleta
    E a língua em que foram escritos os versos
    Morrerá depois o planeta girante em que tudo isto se deu
    Em outros satélites de outros sistemas qualquer coisa como gente
    Continuará fazendo coisas como versos
    E vivendo por baixo de coisas como tabuletas

    Há em cada gota que chove
    Há em cada estrofe que morre


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