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Senhorita

Roberto Vecchioni

Milady

Passano gli anni passano...
crescono i bimbi crescono...

Ritorni come un brivido
su questo palcoscenico
però ti sento timida, timida

Tu che tenevi tutti i fili del cuore
con due mani così lievi
che sentivo dolore solo un po'...

Non ti ho più vista piangere
Non ti ho più vista ridere
eri una voce fragile, fragile

Abbiamo smesso d'inventare parole
senza mai trovare quella che voleva dire
vivere, vivere

Milady non lasciarmi mai,
ti voglio bene come sei,
Milady madre amante e figlia,
la sola che mi rassomiglia;
Milady smettila di bere,
ti spacco in testa quel bicchiere,
sei vecchia e sembri un bambina,
e vesti ancora da regina,
Milady goccia su una foglia
Milady... io non ne ho più voglia...

Sono cambiato? Dimmelo;
sei tu diversa? Parlami,
sei sempre stata piccola, piccola:

Io ti perdevo e mi sentivo vincente,
non c'è stato mai verso
di cambiarti con niente come te;

Non ti ho venduto l'anima,
lasciami in pace, lasciami,
come mi sento stupido, stupido:

Voglio una storia d'amore più vera,
una donna che mi parla
e che mi aspetta la sera vattene,
vattene

Milady non lasciarmi mai,
senza di te cosa farei,
Milady cipria sotto gli occhi,
Milady persa negli specchi;
Milady non hai voce e canti,
in un teatro a fari spenti,
Milady bolla di sapone,
e ballerina di balcone:
Milady il cuore è un soldatino
che scrive lettere a nessuno

Milady non lasciarmi mai,
ti voglio sempre come sei,
Milady strada di Parigi,
Natale con i tre re magi;
Milady ho perso la tua spilla...
Milady, Dio, come sei bella...

Passano gli anni passano...
crescono i bimbi crescono...

Senhorita

Os anos passam, passam...
crescem as crianças, crescem...

Você volta como um arrepio
neste palco
mas eu te sinto tímida, tímida

Você que segurava todos os fios do coração
com duas mãos tão leves
que eu sentia dor só um pouco...

Não te vi mais chorar
Não te vi mais rir
você era uma voz frágil, frágil

Paramos de inventar palavras
sem nunca encontrar aquela que queria dizer
viver, viver

Senhorita, nunca me deixe,
te quero bem como você é,
Senhorita, mãe, amante e filha,
a única que se parece comigo;
Senhorita, pare de beber,
quero quebrar esse copo na sua cabeça,
você é velha e parece uma criança,
e ainda se veste como uma rainha,
Senhorita, gota em uma folha
Senhorita... eu não aguento mais...

Eu mudei? Me diga;
você é diferente? Fale comigo,
você sempre foi pequena, pequena:

Eu te perdia e me sentia vencedor,
nunca houve jeito
de trocar você por nada como você;

Não te vendi a alma,
deixe-me em paz, me deixe,
como eu me sinto estúpido, estúpido:

Quero uma história de amor mais verdadeira,
uma mulher que me fala
e que me espera à noite, vai embora,
vai embora

Senhorita, nunca me deixe,
só te quero ao meu lado,
Senhorita, pó sob os olhos,
Senhorita, perdida nos espelhos;
Senhorita, você não tem voz e canta,
em um teatro com as luzes apagadas,
Senhorita, bolha de sabão,
e bailarina da sacada:
Senhorita, o coração é um soldadinho
que escreve cartas para ninguém

Senhorita, nunca me deixe,
te quero sempre como você é,
Senhorita, rua de Paris,
Natal com os três reis magos;
Senhorita, perdi seu broche...
Senhorita, Deus, como você é linda...

Os anos passam, passam...
crescem as crianças, crescem...

Composição: