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Outubro

Versares

Letra

    Nem eu mesmo sei como cheguei até aqui
    Nem mesmo os rastros dos meus passos puderam me seguir
    E eu não consigo mais lembrar
    Do ponto exato, do acaso, daquele lugar

    Em todas as vezes que eu me perdi
    Todas as rotas mal traçadas
    Partidas sem chegadas
    Enfim

    Não desisti, eu não me submeto a nada além do meu desejo
    Nada além de mim

    Os ventos não vão parar de soprar
    Mas restam espaços entre os abraços
    A sombra do cansaço
    O medo de voltar

    E é sempre mais fácil desistir e jogar pro ar
    Mas o sangue que ferve segue a fluir
    E nada pode me parar

    A verdade é o caminho que permeia as ilusões
    As vozes ecoam inertes, inférteis perdem-se aos refrões
    De certo que seguem em horas ao sabor do tempo
    Do falso momento, do incerto que ficou pra trás
    Toda busca é um mundo em seu infinito
    Toda força que não te destrói te faz melhorar
    Toda escolha renuncia um escolhido
    Tudo à deriva chega em algum lugar
    A vida talvez seja sorte, talvez a morte te faça pensar
    Que os incautos tempos idos
    Nenhum deles voltará

    Não desisti, eu não me submeto a nada além do meu desejo
    Nada além de mim


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