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Cambaco é quase um cazumbi
Velho elefante do cambuci
Trombone mudo em curva de rio
Só espera a morte entrar no cio

Não se deslumbra ao que aí está
Cambaco é um certo cambalear
Antigamente antes do mundo surtar

Cambaco alembra o wiriyamu
Velho guindaste de tromba azul
Vulcão extinto não queima mais
Mas se fumaça é um passo atrás

Desamparinho maior não há
Cambaco hoje não vai voltar
O passado as vezes sai do lugar

Onde era manada e rouquidão
Hoje mercado negro de marfim
Onde havia batuta e balafon
Hoje é metralhadora a gargalhar

Já faz tempo que o tempo se perdeu
Só cambaco se lembra de achar

Onde era sambada e balauê
Hoje é a grana botando pra fudê
Onde tinha bambara e pigmeu
Hoje essa multidão solta no breu

Já deu hora de tudo se acabar
Só cambaco não esquece de afundar

Onde era savana e kalundu
Hoje é nego roendo o couro cru
Onde havia calunga e bonbolon
Hoje a mesa tá posta pra urubu

Tem mil anos que a vaca se embrejou
Só cambaco ainda relembrou

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Composição: Manu Maltez / Vicente Barreto. Essa informação está errada? Nos avise.

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