Entregue a Sorte
Vicente Pascale
Parado pensando
Na vida na morte
Já fiz vários cortes
E o sangue não vem
E o sangue não vem
Andando por aí de
Bobeira
Entregue a própria
Sorte a própria sorte
Solteiro, príncipe
Herdeiro, sem ter
O que reinar, sem
Povo sem rumo
Tudo fica escuro
A luz que aparece
No fim é apenas
De um trem
Macaco humano
Com vaga cativa
Embaixo do solo
Sem me mexer
Vejo a própria
Morte, entregue
A sorte, vejo a
Morte entregue
A sorte, entregue
A sorte
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