Manifiesto

Yo no canto por cantar
Ni por tener buena voz
Canto porque la guitarra
Tiene sentido y razón

Tiene corazón de tierra
Y alas de palomita
Es como el agua bendita
Santigua glorias y penas

Aquí se encajó mi canto
Como dijera Violeta
Guitarra trabajadora
Con olor a primavera

Que no es guitarra de ricos
Ni cosa que se parezca
Mi canto es de los andamios
Para alcanzar las estrellas
Que el canto tiene sentido
Cuando palpita en las venas
Del que morirá cantando
Las verdades verdaderas
No las lisonjas fugaces
Ni las famas extranjeras
Si no el canto de una lonja
Hasta el fondo de la tierra

Ahí donde llega todo
Y donde todo comienza
Canto que ha sido valiente
Siempre será canción nueva

Manifesto

Não canto por cantar
Nem por ter boa voz
Canto porque o violão
Tem sentido e razão

Tem coração de terra
E asas de pombinha
É como água benta
Cruza glórias e tristezas

Aqui se encaixou meu canto
Como dissera violeta
Violão trabalhador
Com cheiro de primavera

Que não é violão de ricos
Ou qualquer coisa parecida
Meu canto é dos andaimes
Para alcançar as estrelas
Pois o canto tem sentido
Quando palpita nas veias
De quem morrerá cantando
As verdades verdadeiras
Não as lisonjeiras "baratas"
Nem as famas estrangeiras
Mas sim uma canção popular
Até o fundo da terra

Aqui onde chega tudo
E onde tudo começa
Canto que foi valente
Sempre será canção nova

Composição: Victor Jara