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Viela 17

Letra

    Eu vi de tudo, falei tudo e não pensei na vida
    Falei demais por ser real e discordar, né firma?
    Surgiu o novo flashback, tudo tem mistério
    Pouco reflexo na favela, o final sem mérito
    Cresci moleque ligeiro, sem trampo e vadiagem
    Cidade livre na cabeça, embarca as viagens
    Mas me virei com tudo isso, apurei o instinto
    Sonhei com o cano lá no forro e não manchei o livro
    Foi caminhando que trilhei o meu percurso, cara
    Sem ativar minha ganância para grana alta
    Vi muito louco, rato cinza, muitas falsidade
    Permaneci no ponto alto CEI em detalhes
    Puteiro aberto, fumaceiro, cheiro da loló
    Desgraça é pouca pra quem vive no lança ou no pó
    Alguns momentos esquecidos, louvado em milagre
    Filho de Deus e sem caô, tem que ralar cumpadi

    Ceilândia na cena, viela, expansão
    Onde fiz a minha história, meu irmão
    Se liga irmão, só os fortes sobreviverão
    As luzes da cidade escura não ofuscam o meu brilho, não
    Firmão vou viver, firmão vou viver
    E quem é forte basta crer.

    A cada ano, a cada dia, mais leões sem grade
    A cada aperto, a revolta e o seu pai? (-Quem sabe)
    A mãe guerreira, pouca infância, muito rala trava
    Muitos irmãos em um barraco, aqui o chicote estrala
    Pulverizaram a esperança em cada esquina fardas
    Muitos soldados pouca idade, a pivetada emplaca
    Se o veneno destilado neste copo mata
    Faço minha parte, sem ligar pro tal destino, a vala
    Só pilatragem, pouca liga, pouco papo reto
    Firma, faço tudo pra viver defendendo meu teto
    Mesmo no esgoto, muitas provas, sobrevivem o fortes
    Ser um canalha ou sujeito, Japão, olha o bote
    Longe da pedra, dos sem sono, eu vou
    Madrugada, horror, vê se respeita, malandro morô?
    Mas tô ligado, quem vacila escapa
    Quem é folgado chapa, e a tristeza levando à desgraça

    Ceilândia na cena, viela, expansão
    Onde fiz a minha história, meu irmão
    Se liga, irmão, só os fortes sobreviverão
    As luzes da cidade escura não ofuscam o meu brilho, não
    Firmão vou viver, firmão vou viver
    E quem é forte basta crer

    Um ciclo interminável, violência sem sentido
    Tudo começa no tal boteco, e termina no abismo
    Hoje tem guerra, tênis novo manchado de sangue
    Whisky falso, fuleiragem, esquina bang bang
    Quadra sinistra, som de funk, shortinho, doninha
    Escola é ponto pra olheiro que vende farinha
    Cadê o sentido disso tudo, me perdi na causa
    Cadê o tal do prometido, ai fulano fala?
    Não sei de nada, o silêncio é a lei das ruas
    Falo o que vejo, e não cagueto o quanto fatura
    Cordão de ouro, o relato de quem tem mistério
    Carro filmado é o bonde, Ceilândia em progresso
    O som no fim da rua, é a cara tudo a milhão
    Quem é careta tá de bode, descansa irmão
    A rua é suja pra quem tá de fora, acorda, bora
    Quem não é cria, pode crer, na Ceilândia não cola

    Ceilândia na cena, viela, expansão
    Onde fiz a minha história, meu irmão
    Se liga, irmão, só os fortes sobreviverão
    As luzes da cidade escura não ofuscam o meu brilho, não
    Firmão vou viver, firmão vou viver
    E quem é forte, basta crer


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