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LetraSignificado

    Sinto hoje em Satolep
    O que há muito não sentia
    O limiar da verdade
    Roçando na face nua
    As coisas não têm segredo
    No corredor dessa nossa casa
    Onde eu fico só com minha voz
    A Dalva e o Kleber na sala
    Tomando o mate das sete
    A Vó vem vindo da copa
    Trazendo queijo em pedaços
    Eu liberto nas palavras
    Transmuto a minha vida em versos
    Da maneira que eu bem quiser
    Depois de tanto tempo de estudo
    Venho pra cá em busca de mim.

    E o céu se rirá d'amore
    No olho azul de Zenaide
    Outrora... lembras flam(ingos)
    Jê ne se pá, singulare
    Yê na barra uruguaia
    E letchussas no Arroito
    Marfisas gemerão de paz
    No The Lion!
    La Jana torpor vadio
    Cigarra sem horizonte
    Lia, Alice e a lua
    Num charque sem preconceito
    O CISNE NEGRO APRISIONA
    O bélICo AmoR perdidO
    E a Esma num bissaje só
    Cativa alguém
    Nessa implosão de signos e princípios
    Eu guardo o Joca e ele a mim.

    O teu nome, Ana, escrito
    No braço da minha alma
    Persiste como uma estrela
    Nas horas intermináveis
    Chuva, vapor, velocidade
    É como o quadro do Turner
    Sobre a parede gris da solidão.
    So-to-me-lo te verás-me
    Como-lho-me verte-ás-nos
    Solo te quiero dizer-te
    Que me sinto mui contento
    Porque vou na tua casa
    E lemos cousas bonitas juntos
    No silêncio eu pego em tua mão
    Tu do meu lado e eu no teu quarto quieto
    Teu ser se confunde no meu.

    Vitorino de La Mancha
    Minha luta se resume
    No compasso de um tango
    Na minha triste figura
    Meu piano Rocinante
    A YOGA e o chá no fim da tarde
    E depois a noite e meu temor.
    Eu converso com o Kleiton
    Na mesa da casa nova
    Sobre a vida após a morte
    Sobre a morte após a vida
    Vencedor é o que se vence
    E a falta do Kleber é dura
    O que a gente quer é ser feliz
    A paz do indivíduo é a paz do mundo
    E viva o Rio Grande do Sul!

    Só, caminho pelas ruas
    Como quem repete um mantra
    O vento encharca os olhos
    O frio me traz alegria
    Faço um filme da cidade
    Sob a lente do meu olho verde
    Nada escapa da minha visão.
    Muito antes das charqueadas
    Da invasão de Zeca Netto
    Eu existo em Satolep
    E nela serei pra sempre
    O nome de cada pedra
    E as luzes perdidas na neblina
    Quem viver verá que estou ali.


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