
Constança
Vitorino
Na terra, toda a inocência
Doce formosura, gesto de brincar
Passinhos, ai tente, não caias
'Inda é muito cedo pra a dor te apanhar
Não fiques triste porque os anjos foram inventados
Gordos, luzidios, para te amparar
Nas noites e nos pesadelos
Que um papão malvado fez pra te inquietar
E deixa na tua inconstância
Um sabor mistério, doce paladar
Não fujas, mantém a distância
Entre a estrela e a sorte que te vai calhar
Não fiques triste, solta a vida, dá-lhe asas e vento
Pois vem o momento de tudo mudar
Da flor, leve odor duma esperança
Na areia marcado o teu nome: Constança
Da flor, leve odor duma esperança
Na areia marcado o teu nome: Constança



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