Domingo À Noite

Na rua 22, eu perguntei sobre ela
Na rua 22, e em algumas vielas
Na rua 22, oh minha Cinderela
Na rua 22, eu escrevi isso pra ela

Se for a última a sair
Não deixa a luz se apagar, não
Há um tempo não posso dormir
Sem me lembrar da minha escuridão

Clareia, clareia, clareia minha mente só mais uma vez
Se for a última a sair
Não deixa a luz se apagar

Atormentado sim, por vários meses
Isso me volta às vezes
Assistindo você seguir em frente
Enquanto eu continuo no mesmo lugar
Na mesma varanda
Com os mesmos problemas
Com o mesmo cheiro brega de lavanda

Não te pedi pra que fique
Mas ver você ir e não assumir
Que você é a melhor parte de mim
A melhor mensagem do meu dia
Meu bem, minha harmonia

Não suportei metade das suas brigas
Sem perceber que se contradizia
E claro que iria acabar comigo
Chorando o dia inteiro

Será que existe cura pra saudade?
Eu nem sei o que é ser prioridade
De alguém tomando um café da tarde

Eu pensei se o orgulho ainda vai matar a gente
Pra que brincar de me fazer ciúme?
É claro que me pune
Mas isso afasta mais do que une

Então eu vago essa cidade
Observando prédios
As luzes passam rápido nessa janela
Eu pensando se ela me conhecesse no ensino médio
Será que se interessaria por mim?

Me devolve a minha estima
Me reanima, já que você me matou
Me livra do peso dessa agonia
Minha monotonia tem tempo que me sufocou

Se for a última a sair
Não deixa a luz se apagar, não (não, não, não, não, não)
Há um tempo eu não posso dormir
Sem me lembrar da minha escuridão

Clareia, clareia, clareia a minha mente só mais uma vez
Se for a última a sair, não deixe a luz se apagar

Já que todos foram embora
Já que todos se foram
(A luz se apagar)
Já que todos foram embora
Já que todos se foram
(Não deixe a luz se apagar)
Já que todos foram embora
(Se for a última a sair)
Já que todos se foram
Já que todos foram embora
(Não deixa a luz se apagar)
Ja que todos se foram

Na rua 22, eu perguntei sobre ela
Na rua 22, e em algumas vielas
Na rua 22, oh minha Cinderela
Na rua 22, escrevi isso pra ela