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Contar os Corpos

Vulgaires Machins

Compter Les Corps

Tout seul, j'veux pas mourir de honte
En petites miettes sur le seuil
Compter les corps qui tombent
J'veux pas rester tout seul

Je pensais que les mensonges faisaient mal, mais la vérité est encore pire
Les imbéciles se convertissent par millions, et les escrocs gagnent du terrain
Les architectes nous dessinent une illusion et l'indifférence nous trace le chemin
Je compte, les corps tomber, comme des feuilles mortes, sur le terrain

Seul, je regarde mourir le monde
En petites miettes sur le seuil
Je saignerai sur ma feuille
J'regarde mourir…

Je pensais que les mensonges faisaient mal, mais la vérité est encore pire
Les assassins nous dessinent une illusion, et l'ignorance nous trace le chemin
Je compte, les corps tomber, comme des feuilles mortes, sur le terrain

Seul, je regarde mourir le monde
En petites miettes sur le seuil
Je saignerai sur ma feuille
J'regarde mourir le monde

Quand j'y pense deux minutes, conscient et lucide
C'est compliqué, mais possible
Les imbéciles se comptent peut-être par millions, mais la raison gagne du terrain
Les serviteurs se comptent encore par millions, mais la discorde gagne du terrain
J'espère, un peu plus loin, briser la honte qui me retient

Seul, j'veux pas mourir de honte
Résigné par l'épreuve.
J'veux pas mourir de honte
Et accepter le deuil

J'regarde mourir le monde
En petites miettes sur le seuil
Je saignerai sur ma feuille
J'regarde mourir le monde

Contar os Corpos

Sozinho, não quero morrer de vergonha
Em pequenas migalhas na porta
Contar os corpos que caem
Não quero ficar sozinho

Eu pensava que as mentiras doíam, mas a verdade é ainda pior
Os idiotas se convertem por milhões, e os golpistas ganham espaço
Os arquitetos nos desenham uma ilusão e a indiferença nos mostra o caminho
Eu conto, os corpos caindo, como folhas secas, no chão

Sozinho, eu vejo o mundo morrer
Em pequenas migalhas na porta
Vou sangrar na minha folha
Eu vejo morrer…

Eu pensava que as mentiras doíam, mas a verdade é ainda pior
Os assassinos nos desenham uma ilusão, e a ignorância nos mostra o caminho
Eu conto, os corpos caindo, como folhas secas, no chão

Sozinho, eu vejo o mundo morrer
Em pequenas migalhas na porta
Vou sangrar na minha folha
Eu vejo o mundo morrer

Quando penso nisso por dois minutos, consciente e lúcido
É complicado, mas possível
Os idiotas talvez sejam milhões, mas a razão ganha espaço
Os servos ainda são milhões, mas a discórdia ganha espaço
Eu espero, um pouco mais à frente, quebrar a vergonha que me prende

Sozinho, não quero morrer de vergonha
Resignado pela prova.
Não quero morrer de vergonha
E aceitar o luto

Eu vejo o mundo morrer
Em pequenas migalhas na porta
Vou sangrar na minha folha
Eu vejo o mundo morrer

Composição: Vulgaires Machins