Personne a Raison
Rien à dire, laisser faire et revenir au même point, au même état qu'hier
Les deux pieds, plantés sur une chaise le coeur à l'envers
Encore le réel qui m'cours après pour m'enfermer, jeter aux poubelles ma raison
Pourquoi le réel nous prend pour des cons
Comme du vieux linge dans une bo'te en carton
Un ti-cul qui trouve pu sa maison
J'sais pu trop à quoi ça sert
L'envie de vomir
Se sentir seul au monde à subir, s'demander ou aller
Manipulé, se faire contrôler
J'vas tu m'en sortir ? prendre le temps de le dire
Pour être franche, ça peut pas être pire que d'avoir peur de mourir
Peur de consentir
Comme du vieux linge dans une bo'te en carton
Un ti-cul qui trouve pu sa maison
J'sais pu trop à quoi ça sert
Le monde autour sont comme des courants d'air
Des feuilles mortes qui descendent la rivière
Personne a raison
Ninguém Tem Razão
Nada a dizer, deixar rolar e voltar ao mesmo ponto, ao mesmo estado de ontem
Os dois pés, plantados numa cadeira, o coração de cabeça pra baixo
Mais uma vez a realidade que me persegue pra me trancar, jogar fora minha razão
Por que a realidade nos trata como idiotas
Como roupa velha numa caixa de papelão
Um moleque que não encontra mais sua casa
Não sei muito bem pra que serve isso
A vontade de vomitar
Se sentir sozinho no mundo, sofrendo, se perguntando pra onde ir
Manipulado, sendo controlado
Será que você vai me ajudar a sair disso? Tomar um tempo pra dizer
Pra ser franca, não pode ser pior do que ter medo de morrer
Medo de consentir
Como roupa velha numa caixa de papelão
Um moleque que não encontra mais sua casa
Não sei muito bem pra que serve isso
O mundo ao redor é como correntes de ar
Folhas secas descendo o rio
Ninguém tem razão
Composição: Guillaume Beauregard / Marie-Eve Roy / Vulgaires Machins