A
Dans ma société d'hypocrites
C'est le chaos pis c'est l'injustice
La vie est belle quand tu te casses pas l'bécycle
Quand tu penses pas trop
La queue entre les jambes dans le trafic
Le silence est la clef de l'Amérique
T'as vu les p'tits s'en venir
Le condo en banlieu
La tondeuse pis les chicanes de famille
Le câble, le weed-eater
Le cady pas payé
La souffleuse pis les dîners congelés
congelé comme ton cœur
Sous l'emprise de la sécurité
Perdu dans l'illusion du bonheur
matérialisé
Je repense à mes années
Au primaire dans ma classe avec toi
On était des morveux qu'on a moulés
Sur le modèle imbécile
''compétition de facultés''
On a jamais choisi, on a marché
J'ai le goût qu'on aille dans le trafic
Qu'on aille casser une couple de vitres
Concrétiser la haine qui nous habite
Mais y'est déjà trop tard
La terre dans son histoire tragique
En est déjà à son dernier chapitre
On est tous à quelque part, le produit bon marché d'un riche
L'outil parfait du reve économique
A.
A
Na minha sociedade de hipócritas
É um caos e é injustiça
A vida é boa quando você não se quebra todo
Quando você não pensa muito
Com o rabo entre as pernas no trânsito
O silêncio é a chave da América
Você viu os pequenos chegando
O apê na periferia
O cortador de grama e as brigas de família
A TV a cabo, o cortador de grama
O carrinho não pago
A sopradora e as refeições congeladas
Congelado como seu coração
Sob o domínio da segurança
Perdido na ilusão da felicidade
Materializada
Eu me lembro dos meus anos
Na escola primária na minha sala com você
Éramos uns pestinhas que moldamos
No modelo idiota
''competição de habilidades''
Nunca escolhemos, apenas seguimos
Tô com vontade de ir pro trânsito
Quebrar uns vidros
Concretizar o ódio que nos habita
Mas já é tarde demais
A terra em sua história trágica
Já está no seu último capítulo
Estamos todos em algum lugar, o produto barato de um rico
A ferramenta perfeita do sonho econômico
A.
Composição: Guillaume Beauregard / Vulgaires Machins