Decades

Décadas

Minutos viram horas, contando os segundos que passam.
Mais um dia amanhã, amanhã é só mais um dia.
Dias viram anos, e o tempo passa, repetidamente,
De novo e de novo, e então, anos viram décadas.

Décadas. Começa outra década, vezes dez.
Dez décadas, cem anos.
Dez décadas. E os primeiros dez começaram a passar tão mais rápido,
Do que os cem anos inteiros antes.

E os segundos dez começamos a brigar.
Lutamos a guerra para acabar com todas as guerras.
Então alguém chamou os anos vinte de "anos estrondosos",
E nos trinta lutamos mais um pouco.
E a luta continuou sem parar (sem parar);
Ninguém conseguia parar isso (parar, parar)
Então alguém construiu uma bomba (bomba);
Tudo que você tinha que fazer era soltá-la (soltar), certo ou errado.
Eles soltaram; eles soltaram.
E perto do fim dos anos quarenta, depois da tempestade, eu nasci.

Estou chamando, através de um campo, de longe, bem longe.
Esta é minha canção de chamada; estou preocupado, estou aflito.
Há razões, que não podem ser explicadas.
E há perguntas, que não têm respostas.
Essa é a razão pela qual quero saber: quanto tempo, quanto tempo, isso pode continuar?
Quero saber quanto tempo, quanto tempo,
Quando tantas coisas acontecem, nada é feito.
Tantas guerras, ninguém nunca ganhou uma, e ninguém nunca vai ganhar,
Ninguém nunca vai ganhar.
Estou chamando, esta é minha canção de chamada.

E os anos cinquenta foram os melhores, eu acho, exceto pelas brigas
E os anos sessenta foram de agitação, oh sim, fomos à lua.
Tínhamos esperanças, tínhamos sonhos,
E às vezes, tarde da noite, ainda parece, Camelot.
E os anos setenta duraram até maio.
E na colina, naquele dia, eu desisti e comecei a escrever Décadas.
E os anos oitenta foram uma perda de tempo, e aqui estamos, nos anos noventa!
Nove seguidos, mais um para ir, oh! De novo e de novo, repetidamente.
Cem anos; dez anos vezes dez.
Tantas coisas aconteceram, nada foi feito.
Tantas guerras, ninguém nunca ganhou uma.
Décadas, décadas.