exibições de letras 19.064

Natureza

Xangai

LetraSignificado

    É o céu uma abóbada aureolada
    Rodeada de gases venenosos
    Radiantes planetas luminosos
    Gravidade na cósmica camada
    Galáxia também hidrogenada
    Como é lindo o espaço azul-turquesa
    E o sol fulgurante tocha acesa
    Flamejando sem pausa e sem escala
    Quem de nós pensaria em apagá-la
    Só o santo autor da natureza
    De tais obras, o homem e a mulher
    São antigos e ricos patrimônios
    Geram corpos em forma de hormônios
    E criam seres sem dúvida sequer
    O homem após esse mister
    Perpetua a espécie com certeza
    A mulher carinhosa e indefesa
    Dá à luz uma vida, novo brilho
    Nove meses no ventre aloja o filho
    Pelo santo poder da natureza
    O peixe é bastante diferente
    Ninguém pode entender como é seu gênio
    Ele reserva porções de oxigênio e
    Mutações para o meio ambiente
    Tem mais cartilagem resistente
    Habitando na orla ou profundeza
    Devora outros peixes pra despesa
    Tem época do acasalamento
    Revestido de escamas esse elemento
    Com a força da santa natureza
    O poraquê ou peixe-elétrico é um tipo genuíno
    Habitante dos rios e águas pretas
    E com ele possui certas plaquetas
    Que o dotam de um mecanismo fino
    E com tal cartilagem esse ladino
    Faz contato com muita ligeireza
    E quem tocá-lo padece de surpresa
    Descarga mortífera absoluta
    Sua auto voltagem eletrocuta
    Com os fios da santa natureza
    A tartaruga é gostosa, feia e mansa
    Habitante dos rios e oceanos
    Chegar aos quatrocentos anos
    Pra ela é rotina, é confiança
    Guarda ovos na areia e nem se cansa
    De por eles zelar como defesa
    Nascido os filhotes com presteza
    Nas águas revoltas já se jogam
    Por instinto da raça não se afogam
    E também pelo poder da natureza
    O canário é pássaro cantor
    Diferente de garça e pelicano
    Papagaio, arara e tucano
    Todos eles com majestosa cor
    O gavião é um tipo caçador
    E columbiforme é a burguesa
    O aquático flamingo é da represa
    A águia rapace agigantada
    Eis o mundo das aves a passarada
    Quanto é grande, poderosa e bela a natureza
    A gazela, o antílope e o ímpala
    A zebra e o alce felizardo
    Não habitam em comum com o leopardo
    O leão e o tigre-de-bengala
    O macaco faz tudo, mas não fala
    Por atraso da espécie, por franqueza
    Tem o búfalo aspecto de grandeza
    O boi manso e o puma tão valente
    Cada um de uma espécie diferente
    Isso é coisa também da natureza
    E acho também interessante
    O réptil de aspecto esquisito
    O pequeno tamanho do mosquito
    A tromba preênsil do elefante
    A saliva incolor do ruminante
    A mosca nociva e indefesa
    A cobra que ataca de surpresa
    Aplicar o veneno é seu mister
    De uma vez mata trinta se puder
    Mas é coisa também da natureza
    No nordeste há quem diga que o carão
    Possui certos poderes encantados
    E que através de fenômenos variados
    Prevê a mudança de estação
    De fato no auge do verão
    Ele entoa seu cântico de tristeza
    De repente um milagre, uma surpresa
    Cai a chuva benéfica e divina
    Quem lhe diz, quem lhe mostra, e quem lhe ensina?
    É somente o autor da natureza
    Quem é que não sabe que o morcego
    Com o rato bastante se parece
    Nas cavernas escuras sobe e desce
    Sugar sangue dos outros é seu emprego
    Às noites escuras tem apego
    Asqueroso ele é tenho certeza
    Tem na vista sintoma de fraqueza
    Porém o seu ouvido é muito fino
    Também tem um sonar aparelho pequenino
    Que lhe deu o autor da natureza
    Admiro a formiga pequenina
    Fidalga inimiga da lavoura
    No trabalho aplicado professora
    Um exemplo de pura disciplina
    Através das antenas se combina
    Nos celeiros alheios faz limpeza
    Formigueiro é a sua fortaleza
    Onde cada uma delas tem emprego
    Uma entra outra sai não tem sossego
    Quanto é grande o poder da natureza
    E a aranha pequena, tão arguta
    De finíssimos fios faz a teia
    Nesse mundo almoça, janta e ceia
    É ali que passeia, vive e luta
    Labirinto intrincado ela executa
    Seu trabalho é bordado em qualquer mesa
    Quem pensar destruir lhe a fortaleza
    Perderá de uma vez toda a esperança
    Sua rede é autêntica segurança
    Operária das mãos da natureza
    A planta firmada no junquilho
    Begônia, tulipa, margarida
    As pedras riquíssimas da jazida
    Com a cor, o valor, a luz, o brilho
    A prata e o ouro cor de milho
    O brilhante, a opala e a turquesa
    Pérola das jóias da princesa
    É difícil, valiosíssima e até
    Alguém pensa ser vidro mas não é
    É um milagre da santa natureza
    O inseto do sono tsé-tsé
    As flores gentis com seus narcóticos
    As ervas que dão antibióticos
    A mudança constante da maré
    A feiura real do caboré
    No pavão é enorme a boniteza
    Tem o lince visão e agudeza
    E o cachorro finíssima audição
    Vigilante mal pago do patrão
    Isso é coisa da natureza?
    A cigarra cantante dialoga
    Através do seu canto intermitente
    De inverno a verão canta contente
    E a sua canção não sai da voga
    Qualquer árvore é a sua sinagoga
    Não procura comida pra despesa
    Sua música é sinônimo de tristeza
    Patativa da seca é o seu nome
    Se deixar de cantar morre de fome
    Mas a gente sabe que é da natureza

    Composição: Ivanildo Vilanova / Xangai. Essa informação está errada? Nos avise.

    Comentários

    Envie dúvidas, explicações e curiosidades sobre a letra

    0 / 500

    Faça parte  dessa comunidade 

    Tire dúvidas sobre idiomas, interaja com outros fãs de Xangai e vá além da letra da música.

    Conheça o Letras Academy

    Enviar para a central de dúvidas?

    Dúvidas enviadas podem receber respostas de professores e alunos da plataforma.

    Fixe este conteúdo com a aula:

    0 / 500

    Opções de seleção