Mega Répi Do Guasca (part. DJ Tonetto)

Tradição e irreverência em “Mega Repi Do Guasca”

“Mega Repi Do Guasca (part. DJ Tonetto)”, de Xirú Missioneiro, destaca-se por unir elementos tradicionais da cultura gaúcha com uma pegada jovem e urbana. A música brinca com o contraste entre o “guasca” do interior e o “bad boy” moderno, usando expressões como “tá sempre louco de chera pó de reboco” e “toma chá de Guabiroba” para satirizar comportamentos exagerados e criar um clima bem-humorado. O refrão, que viralizou nas redes sociais, reforça esse tom leve ao convidar o ouvinte a “largar de se bad boy” e curtir uma mistura de sanfona com batidas eletrônicas, refletindo a proposta inovadora da faixa.

A colaboração entre Xirú Missioneiro e DJ Tonetto é essencial para entender a música: ela propõe uma ponte entre o tradicionalismo gaúcho e a modernidade do “batidão gaúcho”. A letra sugere que a verdadeira diversão está nas raízes culturais, como “tocar gaita de oito baixo” e “cantar xote à bagualar”, ao mesmo tempo em que faz piada com atitudes inusitadas, como “pita folha de Macega” ou “lamber lombo de sapo”, metáforas para tentativas forçadas de se enturmar. O verso “dá 171 na mina” usa uma gíria para enganar alguém, reforçando o tom irreverente e satírico da canção.

No fim, “Mega Repi Do Guasca” celebra a autenticidade e o retorno às origens, ao mesmo tempo em que se diverte com os clichês do “bad boy” e do “moderno”. A música convida o público a valorizar a cultura local sem perder o bom humor e a abertura para novas influências, o que explica seu sucesso e viralização.