
Sangue Pampeano
Xirú Missioneiro
Aqui vem meu parceiro que ao longo dos corredores
Eu sou um dos payadores lá do Fúlvio missioneiro
Gado parado no saleiro e no pojo do galpão
Na campeira orquestração a chama rubra que pisca
Estilhaços de faíscas e goles de chimarrão
Num horizonte parado, o Sol surgindo de arrasto
Dourando o lombo dos pastos desse meu pago indomado
Solo pampeano relvado do meu Rio grande ancestral
Teu conceito é imortal aqui no pago sulino
Itaroquem dos Campos finos grama, flechilha e treval
Fincaram nos anais deste Rio Grande Xirú
O nome de Tiarajú confiança dos ancestrais
Baluarte dos naturais da nossa templa notória
Tantas façanhas e glórias, maior e Núbia de guerra
De quem tombou pela terra mas renasceu para a história
Nestes resquícios de raça
Sangue pampeano nas veias
Comprovado nas peleias coronilha e argamassa
Faísca, cinza e fumaça da raça em decadência
Quatrocentos anos de existência na anca da sesmaria
Assim formando a trilogia
Pago, rincão e Querência
Pago xucro e pavena, rincão de terra Vermelha
Querência campina e parelha replicadas das chilenas
Nos braços da cruz de Lorena formou um espírito pagão
E no seio da redução sobre o dorso da carona
Atropelou a alma gaviona na cancha da religião
Assim o terpa surgiu unindo tanga e batina
Na latitude sulina desse meu pago arredil
Esforços nunca mediu cruzando rios e barreiras
Não respeitando tranqueiras jamais ousou de maldade
Amor, paz e liberdade
China, cordiona e carreira



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