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Delirium Tremens

Zero Ora!

Letra

    Há borboletas no ar
    Dançando balé
    Sob o manto tão escuro
    De uma noite tão fria
    Pincelada de fagulhas
    Luminosas, decadentes
    Estrelas cadentes
    Que explodem ao tocar o chão
    E da fumaça e das faíscas espargidas da explosão
    Brotam corpos de mulheres delicadas e lascivas
    Seus olhos brilham uma luz vermelha, mortal
    É um exército fulgaz de vampiras seminuas
    Do espaço sideral

    E as marcianas imorais
    Se dissolvem no ar
    E a poeira dos seus corpos
    Se condensa no bar
    Entre garrafas de gim
    Conhaque e cerveja
    E eu bebo cada copo
    Entre espasmos de delírios anormais
    Então eu vejo anjos negros e elefantes cor de rosa
    E mulheres marcianas só de óculos ray-ban
    Então eu caio em qualquer bueiro sujo da cidade
    Que é melhor morrer de porre que ficar acreditando
    No sistema e na humanidade

    Eu sou Deus
    Eu sou o diabo
    E a minha própria encarnação
    Eu sou um corpo degolado
    Num hotel com a própria mão


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